Na véspera do primeiro turno das eleições de 2022, técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e entidades fiscalizadoras participaram neste sábado (1º) da cerimônia da impressão da zerésima — relatório emitido em cada seção eleitoral antes do início da votação — e de conferência das assinaturas dos sistemas de gerenciamento e totalização de votos. Na prática, a cerimônia comprova que não há votos computados para nenhum candidato no banco de dados da Justiça Eleitoral.
“O que o sistema faz é se conectar com o banco de dados e verificar as tabelas em que há registros de votação. É feito um cálculo e a gente consegue identificar que não há votos para nenhum candidato. Esse processo é feito aqui no TSE e também em cada unidade da federação”, esclareceu o secretário de tecnologia da informação do tribunal, Júlio Valente.
Neste domingo (2), antes do início das votações, entre 7h e 7h30, todas as seções eleitorais devem imprimir as zerésimas da urna. Após a impressão, a zerésima deve ser assinada pelo presidente da mesa receptora de votos e pelos mesários que compõem a seção. Os fiscais de partidos ou federações partidárias que estiverem presentes também assinam o documento.
Qualquer cidadão poderá verificar a zerésima da urna eletrônica da sua seção eleitoral quando for votar, porque, segundo a mesma resolução, ela deverá ser afixada em um lugar visível. Aliás, nesse mesmo lugar de destaque, ainda será afixado o Boletim de Urna, que também é impresso em cinco vias pela urna, desta vez, quando a votação é encerrada pelo presidente da mesa receptora, ou seja, a partir das 17h do horário de Brasília.
Também neste sábado, foram sorteadas as urnas eletrônicas que serão auditadas pelos testes de integridade após o encerramento das eleições. Esse sorteio é feito em todos os tribunais regionais eleitorais do país.
No Distrito Federal, 20 urnas foram sorteadas para serem submetidas ao teste, que deve acontecer na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e na Escola Canadense neste domingo (2), data do primeiro turno das eleições. O teste é realizado desde 2002. Neste ano, o teste também será feito com eleitores que cadastraram a biometria.
“Vamos fazer uma simulação para provar que a urna funciona, é correta e não está sujeita a fraudes”, afirmou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), Roberval Belinati.
“Até hoje na história não foi constatada nenhuma divergência no processo. O processo é filmado, tem a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado”, completou.
Créditos: Portal R7.