Ao deixar a corte, funcionário procurou a Polícia Federal e alegou ser vítima de abuso de autoridade
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apresentou pedido para que a Polícia Federal proteja o servidor Alexandre Gomes Machado, exonerado do cargo que ocupava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele denunciou supostas irregularidades nas inserções do horário eleitoral do segundo turno em uma emissora de rádio. Alexandre é concursado do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
O TSE fala em mudanças normais no quadro da corte desde a posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente. Em depoimento à PF, o servidor exonerado afirmou que recebeu email de uma emissora em que ela declara a ausência de inserções no horário eleitoral. A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que identificou menos inserções para o atual presidente em emissoras do Nordeste.
No depoimento, o servidor Alexandre Machado afirma que foi exonerado, retirado da sede do TSE e teve seu crachá funcional recolhido após fazer as denúncias. Para o senador Girão, a corte eleitoral agiu de maneira inadequada.
“O fato é que essa exoneração, que mais parece um reconhecimento de culpa por parte do TSE, não repara o considerável dano sofrido pela coligação de Bolsonaro, principalmente na região do país onde Lula está na frente nas pesquisas”, escreveu o parlamentar.
Girão pede proteção 24 horas por dia ao servidor. “Diante da gravidade dos fatos acostados a esse ofício, solicito, como meio de garantir a integridade física do servidor Alexandre Gomes Machado, bem como a conveniência da instrução criminal, em caso de futura investigação, que seja determinado por Vossa Excelência, determinar à Polícia Federal a proteção 24 horas ao retrocitado servidor”, completa o parlamentar.