Em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, deputado falou sobre rumos da campanha eleitoral, criticou falas de Lula e disse que atual presidente é ‘fenômeno da política’
Faltando 20 dias do segundo turno das eleições 2022, a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se dividir em dois focos: recuperar eleitorados perdidos em Estados-chaves, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e mirar o eleitorado nordestino. A afirmação foi feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro(PL), filho do atual mandatário. Em entrevista nesta segunda-feira, 10, no programa Pânico, da Jovem Pan, o parlamentar defendeu que o principal objetivo da campanha eleitoral é “alertar a população” sobre o que está em jogo no segundo turno e mostrar que “Bolsonaro tem feito o que Lula promete”. “A gente tem descontruir mentiras. Quando ele [Lula] fala que vai voltar a comer picanha com cervejinha, é mentira”, iniciou o parlamentar, que questionou os futuros da imprensa e da população em um novo mandato petista.
“Se a população brasileira não acordar para isso, amanhã vai ser tarde. Amanhã a gente não vai ter condição de olhar no olho do nosso filho e falar ‘seu pai e sua mãe, quando teve oportunidade, lutou e batalhou’. (…) Se a esquerda retornar, eles não vão mais sair do poder”, afirmou. Em suas falas, Eduardo cita países como Venezuela, Argentina e Nicarágua ao falar sobre as diferenças ideológicas entre o pai e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), que lidera a disputa à Presidência e alerta: “A Argentina é o Brasil amanhã, caso o Lula seja eleito”. “Aí que tá a revolta do presidente. É inacreditável como as pessoas não conseguem enxergar. Lula não é candidato novo, que está enganando a população. O legado dele não é novo”, acrescentou.
Eleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados, sendo o terceiro deputado federal mais votado em São Paulo, Eduardo Bolsonaro defende que o presidente deve adotar uma postura mais “outsider” e voltar a ser o Bolsonaro “contra o sistema”. Segundo ele, a reta final da campanha à Presidência deve trazer um discurso forte, mas sem elevar o tom de voz . “Ele é um fenômeno na política brasileira. Foi desdenhado, deixado de lado. Os opositores nunca pensaram que ele pudesse chegar à Presidência, e ele chegou. (…) Quatro anos foi pouco. Precisamos no mínimo oito anos para começar nessa guerra [contra esquerda]”, afirmou. Questionado sobre a participação do presidente nos próximos debates eleitorais, Eduardo disse considerar cinco embates “muita coisa”, mas defendeu a participação dos políticos. “O público considera. É só ver pela audiência. As pessoas param para assistir ao debate. E o Padre Kelmon deu um upgrade no debate. Algumas pessoas levam em consideração na hora de votar”, finalizou.