Nascido em Salvador, na Bahia, Anderson Dias começou a trabalhar como costureiro aos 12 anos para complementar a renda da família. Na adolescência, ele passou a se interessar por viagens e acabou se tornado um influenciador com números estrondosos nas redes sociais.
Quem é Anderson
Aos 17 ele decidiu estudar turismo, passou em uma universidade pública e mudou-se para Recife – em 2015, a renda mensal do baiano era de R$ 300. Anderson trabalhou como vendedor de livros, perfumes e cursos; trocou o turismo por economia e vivia para “sobreviver”, como ele mesmo descreve. “Eu queria quebrar aquele ciclo de pobreza. Da pessoa que diz que nasce pobre e morre pobre”, afirma.
Daí nasceu a ideia de fazer um intercâmbio em Dublin, na Irlanda. Para bancar o curso de inglês e os custos da viagem, precisaria de R$ 30 mil. Foi vendendo capinhas e acessórios para celular durante 16h por dia em ônibus e shoppings que ele conseguiu juntar o dinheiro – acredite se quiser – em apenas 3 meses.
Seis meses mais tarde, já de volta ao Brasil, ele retomou as vendas de capinhas, abriu a própria empresa de serviços e acessórios para smartphones e chegou a faturar R$ 30 mil por mês.
Como o impossível não é uma palavra que faz parte do vocabulário do empreendedor, aos 24 anos ele traçou a ávida meta de rodar o planeta no menor tempo possível, quebrar o recorde de uma norte-americana que entrou para o Guinness World Records e fazer do projeto uma profissão. Deu certo.
543 dias depois, em novembro de 2019, ele foi reconhecido como a pessoa mais rápida a visitar todos os países do mundo.
Posicionamento político
O sonhador por trás do perfil @196sonhos, que apesar de sempre levantar a bandeira da superação e força de vontade, quase sempre se exime de se posicionar politicamente, se viu em uma encruzilhada diante da eleição deste ano. Através de uma caixinha de perguntas em seu Instagram, um seguidor lhe perguntou: “13 ou 22?”.
Anderson então respondeu: “Ia voltar para Portugal no domingo de manhã, mas mudei e vou na segunda para poder VOTAR! Depois de quatro anos sem poder votar porque estava viajando. Eu não gosto nem de longe do Capitão, mas jamais entregarei o meu navio ao piratas * de nove.”.
Defender o país e a democracia foram o bastante para iniciar uma onda de “hate” que o levou a perder mais de 20 mil seguidores.
O antes “idolatrado” por ter saído da pobreza e alcançado conforto para si e sua família apenas com seu esforço e trabalho, agora é perseguido, mesmo deixando claro que não é defensor de uma pessoa, mas de uma nação.
Comentários e ataques como “tenha vergonha”, ” pobre lascado” e “nordestino ingrato” inundam sua ferramenta de trabalho.
Agora, resta aos que ainda defendem a liberdade de opinião darem uma resposta à bravura de Anderson, retribuindo o que ele realmente merece: reconhecimento pelo seu trabalho e pela sua lucidez nesta disputa que é considerada pelo Presidente Jair Bolsonaro como “guerra entre o bem o mal”.
Veja a seguir a publicação sobre os ataques que vem recebendo e aproveite para deixar seu comentário e passar a segui-lo (caso ainda não o siga):
Com informações do E Investidor.