Lula está perdendo terreno em quatro das cinco regiões do país. A queda é particularmente visível no Sudeste, que abriga mais de 40% do eleitorado do país, segundo a Quaest. Seu apoio também está oscilando entre os eleitores de classe média, que mais se beneficiaram de uma recente queda nos preços dos combustíveis.
A campanha de Lula está subestimando o impacto de uma recente melhoria na economia, bem como a força do antipetismo, segundo Thomas Traumann, consultor político que atuou como ministro das Comunicações durante a presidência de Dilma Rousseff.
Apesar do apoio de diversos líderes de centro-direita, a campanha de Lula focou demasiadamente na agenda do PT”, disse Traumann em entrevista. “Esse apoio não se traduziu em uma agenda mais ampla.”
A corrida mais acirrada também está aumentando a pressão sobre os assessores de marketing de Lula, que focaram seus esforços de campanha principalmente em impulsionar a rejeição de Bolsonaro e menos em se aproximar dos eleitores de centro, mesmo que a arma seja fake news.
Por outro lado, a campanha de Bolsonaro considera que sua posição nas urnas está melhorando graças aos programas sociais e a uma economia mais forte, enquanto Lula perde por não poder explicar completamente os escândalos de corrupção passados de seu governo, de acordo com um assessor político.
O apoio dos governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assim como o apoio do candidato a governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, será decisivo para o desempenho do presidente na corrida eleitoral, disse o assessor, pedindo para não ser nomeado por discutir a estratégia da campanha.