Em agosto, o IPP já havia sofrido forte queda de 3,04%; deflação tem influência do setor de refino de petróleo e biocombustíveis
O índice de preços do produtor (IPP) recuou 1,96% na passagem de agosto para setembro neste ano, sendo essa a segunda maior queda desde o início da série histórica iniciada em 2014, apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)divulgados nesta quarta-feira (26/10).
O levantamento anterior, de julho para agosto, havia registrado queda recorde (-3,04%). Com isso, a indústria acumula deflação de 4,94% nos últimos dois meses. Nos últimos 12 meses, a taxa foi de 9,76%, enquanto no acumulado do ano, o indicador é de 5,87%.
Vale destacar que o IPP mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, ou seja, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Maior influência
Novamente, o destaque foi a indústria do refino de petróleo e biocombustíveis, a maior variação (-6,79%) e a maior influência (-0,89 ponto percentual) na indústria geral. Outras atividades em destaque foram alimentos, com -0,27 p.p. de influência, metalurgia (-0,24 p.p.) e outros produtos químicos, com queda de 6,20% no mês, correspondendo a -0,62 p.p. de influência.
Os preços do setor do setor de refino de petróleo e biocombustíveis variaram em média, de agosto para setembro, -6,79%, taxa próxima a do mês anterior, -6,99%. Com isso, o acumulado no ano, que era 26,49% em agosto, recuou para 17,90% (contra 49,70%, em setembro de 2021).
Por fim, na comparação setembro 2022/setembro 2021, os preços atuais são 33,64% maiores, a menor taxa desde fevereiro de 2021 (18,25%).