Recuo das expectativas de alta do índice oficial de preços para 2022 surge em linha com as recentes deflações e mostra a convergência do IPCA para o teto da meta
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central)reduziram, pela 15ª semana consecutiva, as expectativas para a inflação deste ano. Com a atualização divulgada nesta segunda-feira (10), a previsão atual é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre 2022 em 5,71%.
Na semana passada, o avanço previsto para o índice oficial de preços era de 5,74%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 6,4% nos 12 meses finalizados em dezembro, segundo a medias das estimativas compiladas pela autoridade monetária.
As previsões de alta menor dos preços surgem em linha com a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.
As novas expectativas ainda mostram a convergência da inflação oficial para a meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços permanece em 5% pela segunda semana seguida, aposta no limite teto meta definida para o ano que vem. Já para 2024, as expectativas para o IPCA caíram de 3,5% para 3,47%.
Juntamente com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar na chegada de 2023 segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa voltou a subiu e passou para uma queda estimada em 4,43% neste ano, resultado a ser motivado pelo corte de impostos.
