Paulo Dantas foi afastado do Executivo alagoano por ordem da relatora no âmbito de inquérito que apura supostos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça realiza nesta quinta-feira, 13, sessão extraordinária para analisar a decisão da ministra Laurita Vaz que colocou a Polícia Federal no encalço do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), em meio à campanha para o segundo turno das eleições.
Correligionário do senador Renan Calheiros, Dantas foi afastado do Executivo alagoano por ordem da relatora no âmbito de inquérito que apura supostos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa à época em que o emedebista era deputado estadual.
Segundo despacho assinado por Laurita na manhã de ontem, 11, em meio ao cumprimento das diligências da Operação Edema, a Corte Especial também deve analisar o sigilo imposto aos autos. O colegiado é formado por 15 ministros do STJ e julga autoridades com foro por prerrogativa de função. A sessão que vai analisar o caso de Dantas terá início às 14h.
A fase ostensiva da investigação que mira Dantas cumpriu 31 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira, 11. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a investigação se debruça sobre “prática sistemática de desvios de recursos públicos desde 2019 no âmbito do Poder Público do Estado”.
Dantas reagiu à operação em nota, classificando a ofensiva como “encenação” e “fake news travestida de oficialidade”. O governador afastado afirmou que uma ala da PF foi “aparelhada para atender interesses político-eleitorais”. “O recurso judicial será firme”, prometeu.