A Câmara dos Deputados vem dando atenção especial à uma PL que criminaliza pesquisas que notadamente forem usadas para buscar o chamado voto “útil”, aquele voto de pessoas que só votam em quem estiver sendo apontado nas pesquisas como provável vencedor.
Após o fim do primeiro turno os institutos de pesquisas que davam uma grande vantagem ao ex-presidente Lula, foram alvos de críticas pelos erros gritantes e escandalosos, com isso, a Câmara dos Deputados tenta em tempo recorde aprovar uma lei que interrompa essa prática, que segundo alguns parlamentares faz toda a diferença.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende votar ainda hoje o projeto de lei que criminaliza erros em pesquisas eleitorais.
Para acelerar a tramitação da proposta apresentada na semana passada pelo líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), Lira anexou o texto em um outro projeto, apresentado em 2011, que tratava do mesmo tema. O texto anterior está pronto para ser votado pelo plenário da Câmara, sem necessidade de análise de comissões.
Ao Terra Brasil Notícias, um dos integrantes da campanha de marketing do PT, que pediu reserva, disse estar preocupado com o que pode acarretar uma proibição a pesquisas que ajudam a motivar a militância de Lula e desmotivar a militância de Bolsonaro. Os institutos de pesquisas alegam que mostram o retrato do momento e que não fazem uma previsão da eleição, o problema é que pesquisas como IPEC e Datafolha, entre outras, na véspera da eleição, mostravam um retrato muito diferente do dia seguinte e analistas políticos dizem não acreditar que um número tão grande de pessoas mudem de ideia em um espaço de 24 horas.
Algumas pesquisas também erraram a favor de Bolsonaro, no entanto, não tiveram tanta expressividade ao serem publicadas, por isso a avaliação é que seria pior para o candidato petista. A proposta ainda teria que passar pelo senado e pela Sansão presidencial para entrar em voga.
