Candidata ao Senado por São Paulo, Janaina Paschoal (PTRB) não conseguiu repetir o feito das eleições de 2018, quando foi a deputada estadual mais votada da história, com mais de dois milhões de votos. Com quase 100% das urnas apuradas neste domingo (2), a candidata alcançou a preferência de apenas 2,09% dos eleitores, o equivalente a 430.224 votos, enquanto o candidato eleito o Astronauta Marcos Pontes (PL) conquistou 10.542.195.
Em entrevista a Universa, a deputada comentou sua derrota: “O que vejo é que houve todo um discurso para concentrar os votos da centro-direita no candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro, para evitar a vitória do candidato de esquerda. E eu não tive apoio.”
Janaina também falou sobre a falta de recursos de campanha. “Eu não tive fundo eleitoral, não pedi doações, porque eu tenho essa preocupação de ficar devendo favor”, disse. Segundo a deputada, ela fez a campanha apenas com seus recursos. “Devo ter gastado um pouquinho mais de 40 mil reais, dinheiro meu somente”, afirma.
Por regra, os partidos precisam repassar pelo menos 30% do fundo partidário para campanhas femininas. Mas é cada sigla que define para quais candidatas vai o dinheiro.
A parlamentar, no entanto, não considera o resultado das urnas uma derrota pessoal. “Nem dá para dizer que fui mal. Perdi, obviamente, mas esses pontos têm que ser destacados. Eu sou uma crítica do sistema eleitoral. Acho que tudo tem que ser mexido, esses fundos bilionários.”
Janaina também criticou seu tempo de propaganda política na TV. “Os três candidatos que ficaram à minha frente estavam na TV, são de partidos grandes e tiveram muito tempo. Eu não tive nenhum segundo de TV, o que eu considero muito antidemocrático.”
Para finalizar, a deputada falou de seus próximos passos e, talvez, o afastamento da política. “Meu mandato termina em 2023. Depois disso, tenho minha carreira, sou advogada, professora de Direito… A princípio, volto para as minhas carreiras, para minha vida normal”, fala.
Créditos: UOL.