Lula escreveu ao papa Francisco que o Brasil corre “riscos de um eventual segundo turno” na eleição. Segundo o petista, há ainda “a necessidade, em caso de vitória, de assegurar a posse”.
O ex-presidente escalou o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) como emissário para entregar o documento ao líder da Igreja Católica, em Assis, na Itália. Vossa Eminência participará de um evento sobre desigualdades sociais. O parlamentar embarcou na terça-feira 20, dia em que anunciou a viagem.
“Minha primeira palavra é de gratidão por seus gestos inesquecíveis da carta que me enviou quando estava na prisão e pela recepção calorosa com que me brindou na Santa Sé”, iniciou o ex-presidente, no documento, em alusão à troca de cartas com o Santo Padre, enquanto esteve preso em Curitiba (PR), em 2019.
Lula defendeu ainda a necessidade de “medidas urgentes” no combate à fome, caso seja eleito, e teceu elogios ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB-SP), seu candidato a vice-presidente. “Homem íntegro e religioso”, afirmou Lula, que já atacou Alckmin. “Buscamos superar todas as diferenças políticas e ideológicas, para construir esta vitória que, se Deus quiser, será de todo o povo brasileiro, mas especialmente dos mais pobres e sofridos.”
Em 2020, Lula visitou o papa Francisco no Vaticano, a convite do pontífice. A ida foi intermediada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández.