O governador e candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que nunca dará apoio ao PT. Em sabatina O GLOBO, Valor e CBN, nesta terça-feira, o governador foi questionado sobre quem pode se aliar em eventual segundo turno na corrida presidencial. Embora tenha se elegido em 2018 na onda bolsonarista, Zema mantém uma postura neutra em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Zema afirmou também paga cerca de R$ 15 bilhões de dívida com os municípios e servidores oriunda de seu antecessor, o petista Fernando Pimentel. O valor citado pelo governo, no entanto, não faz referência à dívida que o estado tem com a União, que está em cerca de R$ 152 bilhões.
O ex-governador é alvo frequente de ataques de Zema. Na sabatina, o atual chefe do Palácio Tiradentes foi questionado sobre decisão judicial que determinou publicação de direito de resposta de Pimentel nas redes do governador.
— Referente ao governo PT/Pimentel ele sempre reclama que eu nunca o esqueço, mas vale salientar que diariamente, até hoje, eu continuo pagando R$15 milhões por dia de dívida do governo dele. Esse pagamento tem sido feito aos municípios, funcionários, diversos fornecedores. São R$ 30 bilhões em 4 anos que eu acabei tendo que arcar e com certeza prejudicou muito meu governo— acusou, acrescentando:
— O que aconteceu foi um erro de digitação, ao invés de 5 mil (cargos) colocaram 50 mil (cargos. Foi um fato isolado. Nós não vivemos aqui de fake news, quem fez promessas no passado e não cumpriu foi o governo PT-Pimentel
O governador é o favorito na disputa estadual, segundo a última pesquisa Datafolha, e pode ganhar a eleição em primeiro turno. Segundo a sondagem, divulgada no dia 1º de setembro, Zema tem 52% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), tem 22%. O candidato bolsonarista na disputa, senador Carlos Viana (PL), aparece em terceiro com 4%.