A menos de um mês do primeiro turno das eleições 2022, o cenário político já se consolida em algumas regiões do país, com ampla vantagem de partidos e candidatos Brasil afora. Segundo as últimas pesquisas eleitorais, como a série do Instituto Ipec, divulgada ao longo do mês de agosto, por exemplo, ao menos 12 Estados podem eleger seus novos governadores ainda no primeiro turno, reforçando a estabilidade em parte das disputas estaduais. Neste cenário, um levantamento feito pelo site da Jovem Pan com base nos dados aponta que, se a eleição fosse hoje, os governos locais seriam comandados por 12 partidos, com destaque para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o União Brasil, que, somados, podem conquistar 10 Estados, sendo os principais líderes dos levantamentos eleitorais. Para essa análise, a reportagem considerou dois cenários: primeiro, levando em conta apenas os primeiros colocados, enquanto o segundo contempla candidatos com candidaturas competitivas, ainda que em segundo ou terceiro lugar.
O União Brasil lidera como partido com maiores chances nos Estados. Fruto da fusão entre o antigo Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), a legenda tem seis candidatos liderando as pesquisas com mais de 30% das intenções de votos. Bahia, com ACM Neto, Goiás, com Ronaldo Caiado e Mato Grosso, com Mauro Mendes, representam os Estados em que o União Brasil pode garantir vitória já no primeiro turno, com seus concorrentes registrando de 48% a 56% de apoio e vantagens de mais de 20 pontos para os demais concorrentes. No Ceará, o deputado federal Capitão Wagner tem 37% dos votos, contra 25% de Roberto Cláudio (PDT), apoiado pelo ex-ministro Ciro Gomes, presidenciável do partido. No Piauí, Silvio Mendes tem 38% e Rafael Fonteles (PT), 23%. Por último, em Rondônia, o cenário é apertado: Coronel Marcos Rocha soma 30% das intenções de votos, contra 29% de Ivo Cassol (PP), o que representa um empate técnico. Com a fusão DEM e PSL, o União Brasil tem, atualmente, cinco governadores nos Estados.
O cenário para o MDB é semelhante ao das eleições de 2018, embora tenha particularidades diferentes. Atualmente com três governos estaduais, os emedebistas mantêm vantagem no Distrito Federal, com Ibaneis Rocha, e em três Estados: Alagoas, com Paulo Dantes, Mato Grosso do Sul, com André Puccinelli, e Pará, com Hélder Barbalho, onde seus candidatos aparecem na liderança, ainda que, em alguns casos, em disputa acirrada com outros partidos. Em solo alagoano, por exemplo, Dantas tem pouco mais de dois pontos de vantagem para o senador Fernando Collor (PTB). No Mato Grosso do Sul, o emedebista está cinco pontos acima de Marquinhos Trad (PSD), o que também descarta uma vitória em primeiro turno. Diferente do último pleito, dessa vez, o Pará representa o reduto de maior vantagem emedebista do país: lá, Barbalho chega aos 62% dos votos – e com chances reais de garantir a reeleição logo no primeiro turno. Na capital do país, Ibaneis tem 41% das intenções de voto, ante 9% da segunda colocada, a senadora Leila Barros, do PSD.
No mapa dos Estados, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), tem três candidatos líderes nas pesquisas. O melhor cenário ocorre no Espírito Santo, onde Renato Casagrande tem 52% das intenções de voto, segundo o Ipec, o que indica possibilidade de liquidar a fatura ainda na primeira etapa de votação. Já no Maranhão, Carlos Brandão tem 28% dos votos, contra 16% de Weverton Rocha (PDT), enquanto, na Paraíba, João Azevedo soma 32% de apoio, o que representa uma vantagem de 16 pontos percentuais para Pedro Cunha Lima, do PSDB. Além do União Brasil, MDB e PSB, outros partidos aparecem liderando em um ou dois Estados brasileiros. O Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira, por exemplo, tem vantagem na disputa no Acre, com Gladson Cameli, e em Roraima, com Antonio Denarium.
Já o Solidariedade, que não elegeu governadores em 2018, também apresenta dois nomes como líderes: Clécio Luís, do Amapá, e Marília Arraes, de Pernambuco. Legenda do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, o Partido Liberal (PL) também possui apenas dois concorrentes liderando as pesquisas. Além de Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, Valmir de Francisquinho tem vantagem de 13 pontos percentuais em Sergipe, onde concorre diretamente contra Fábio Mitidieri (PSD), candidato do atual governador do Estado, Belivaldo Chagas (PSD). No Rio de Janeiro, porém, Castro está em situação de empate técnico, no limite da margem de erro, com Marcelo Freixo, do PSB, segundo pesquisa Datafolha divulgada na noite da quinta-feira, 1º. Também compondo a base de apoio do atual chefe do Executivo federal, o Republicanos também desponta em dois Estados: em Santa Catarina, com 23% de Carlos Moisés, e no Tocantins, onde Wanderlei Barbosa soma 40% das intenções de votos. Em São Paulo, ainda que oscilando em segundo ou terceiro lugar, o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas também tem chances na disputa, somando 17% dos votos – se a eleição fosse hoje, o bolsonarista disputaria a preferência do eleitorado paulista com o ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT).
Quem também enfrenta um cenário de desvantagem nas eleições 2022 é o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência e líder das pesquisas eleitorais. A sigla, que chegou a eleger quatro governadores nas eleições de 2018, sendo o partido que mais conquistou cadeiras para o Executivo estadual, lidera agora apenas no Rio Grande do Norte, com a atual governadora Fátima Bezerra, que soma 46% de apoio, e em São Paulo, com Haddad, que tem 36% dos votos, segundo o último Datafolha, divulgado na noite da quinta-feira, 1º – apesar da dianteira, o petista viu sua vantagem para Tarcísio e para o governador, Rodrigo Garcia (PSDB) diminuir em relação à pesquisa que havia sido divulgada no dia 18 de agosto. Nas últimas eleições, marcadas pela derrota do ex-prefeito de São Paulo no segundo turno contra Bolsonaro, e pelo revés em Estados como Minas Gerais e Acre, os petistas elegeram governadores na Bahia, Ceará, Piauí e no Rio Grande do Norte. Por outro lado, uma eventual vitória em São Paulo garantiria um feito histórico: os petistas chegariam ao comando do maior Estado do país pela primeira vez. Por fim, outros quatro partidos podem garantir a eleição de ao menos um governador. São eles: Cidadania no Amazonas; Novo em Minas Gerais, com a reeleição de Romeu Zema; Partido Social Democrático (PSD) no Paraná, com a reeleição de Ratinho Júnior; e o Partido Social Democracia Brasileira (PSDB) no Rio Grande do Sul, com a continuidade de Eduardo Leite no Estado.
No mapa dos Estados, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), tem três candidatos líderes nas pesquisas. O melhor cenário ocorre no Espírito Santo, onde Renato Casagrande tem 52% das intenções de voto, segundo o Ipec, o que indica possibilidade de liquidar a fatura ainda na primeira etapa de votação. Já no Maranhão, Carlos Brandão tem 28% dos votos, contra 16% de Weverton Rocha (PDT), enquanto, na Paraíba, João Azevedo soma 32% de apoio, o que representa uma vantagem de 16 pontos percentuais para Pedro Cunha Lima, do PSDB. Além do União Brasil, MDB e PSB, outros partidos aparecem liderando em um ou dois Estados brasileiros. O Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira, por exemplo, tem vantagem na disputa no Acre, com Gladson Cameli, e em Roraima, com Antonio Denarium.
Já o Solidariedade, que não elegeu governadores em 2018, também apresenta dois nomes como líderes: Clécio Luís, do Amapá, e Marília Arraes, de Pernambuco. Legenda do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, o Partido Liberal (PL) também possui apenas dois concorrentes liderando as pesquisas. Além de Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, Valmir de Francisquinho tem vantagem de 13 pontos percentuais em Sergipe, onde concorre diretamente contra Fábio Mitidieri (PSD), candidato do atual governador do Estado, Belivaldo Chagas (PSD). No Rio de Janeiro, porém, Castro está em situação de empate técnico, no limite da margem de erro, com Marcelo Freixo, do PSB, segundo pesquisa Datafolha divulgada na noite da quinta-feira, 1º. Também compondo a base de apoio do atual chefe do Executivo federal, o Republicanos também desponta em dois Estados: em Santa Catarina, com 23% de Carlos Moisés, e no Tocantins, onde Wanderlei Barbosa soma 40% das intenções de votos. Em São Paulo, ainda que oscilando em segundo ou terceiro lugar, o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas também tem chances na disputa, somando 17% dos votos – se a eleição fosse hoje, o bolsonarista disputaria a preferência do eleitorado paulista com o ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT).
Quem também enfrenta um cenário de desvantagem nas eleições 2022 é o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência e líder das pesquisas eleitorais. A sigla, que chegou a eleger quatro governadores nas eleições de 2018, sendo o partido que mais conquistou cadeiras para o Executivo estadual, lidera agora apenas no Rio Grande do Norte, com a atual governadora Fátima Bezerra, que soma 46% de apoio, e em São Paulo, com Haddad, que tem 36% dos votos, segundo o último Datafolha, divulgado na noite da quinta-feira, 1º – apesar da dianteira, o petista viu sua vantagem para Tarcísio e para o governador, Rodrigo Garcia (PSDB) diminuir em relação à pesquisa que havia sido divulgada no dia 18 de agosto. Nas últimas eleições, marcadas pela derrota do ex-prefeito de São Paulo no segundo turno contra Bolsonaro, e pelo revés em Estados como Minas Gerais e Acre, os petistas elegeram governadores na Bahia, Ceará, Piauí e no Rio Grande do Norte. Por outro lado, uma eventual vitória em São Paulo garantiria um feito histórico: os petistas chegariam ao comando do maior Estado do país pela primeira vez. Por fim, outros quatro partidos podem garantir a eleição de ao menos um governador. São eles: Cidadania no Amazonas; Novo em Minas Gerais, com a reeleição de Romeu Zema; Partido Social Democrático (PSD) no Paraná, com a reeleição de Ratinho Júnior; e o Partido Social Democracia Brasileira (PSDB) no Rio Grande do Sul, com a continuidade de Eduardo Leite no Estado.
Outras candidaturas
Se em alguns Estados a disputa aos governos locais deve encerrar no primeiro turno, em outros, uma segunda fase da eleição pode trazer mudanças e resultados inesperados. O União Brasil, por exemplo, conseguiria chegar a sete vitórias, se conquistar a reeleição de Wilson Lima no Amazonas, onde há empate técnico entre os primeiros colocados. O MDB tem uma oportunidade em Roraima com Teresa Surita, que tem 38% de apoio dos eleitores e está sete pontos percentuais atrás do primeiro colocado. O PSB, por sua vez, tem como principal aposta de segundo turno o deputado federal Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, com 19% das intenções de votos. Para o Progressistas, o segundo turno pode reservar a vitória de Ivo Cassol em Rondônia, enquanto para o PL, de Bolsonaro, há chances no Rio Grande do Sul, com o ex-ministro Onyx Lorenzoni, e em Santa Catarina, com o senador Jorginho Mello.
Da mesma forma, o PSD pode ainda reverter a disputa no Amapá com Jaime Nunes, que tem 35% das intenções de votos; entre os mineiros, com Alexandre Kalil, que soma 24% das intenções de voto e conta com o apoio de Lula para evitar a vitória de Romeu Zema (Novo) no primeiro turno; no Mato Grosso do Sul, com Marquinhos Trad, ou em Sergipe, com o candidato Fábio Mitidieri. Em Alagoas, em um provável segundo turno, Fernando Collor pode garantir o único Estado para o PTB, de Roberto Jefferson, preso e condenado no escândalo do Mensalão. O PDT pode virar o jogo no Ceará, com Roberto Cláudio, e no Maranhão, com Weverton Rocha. O Republicanos tem chances de vitória em São Paulo, caso Tarcísio de Freitas vá ao segundo turno contra Fernando Haddad. Ao mesmo tempo, os tucanos também apostam em resultado positivo para Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador, em uma segunda etapa de votação no Estado paulista. O PSDB aposta ainda em Pedro Cunha Lima, que tem 16% dos votos na Paraíba, e o PT em Rafael Fonteles, no Piauí.
Créditos: Jovem Pan.