O Ministério da Economia argentino realizou na terça-feira 20 reuniões especiais para discutir o preço e a distribuição do álbum e das figurinhas da Copa do Mundo deste ano. A equipe técnica do órgão recebeu representantes da União de Quiosqueiros da República da Argentina (UKRA, na sigla em espanhol) e da Panini, empresa que confecciona as figurinhas oficiais da competição.
O sindicato vem reclamando que a empresa tem priorizado a distribuição dos produtos a redes de supermercados e a plataformas de compras on-line, o que estaria diminuindo suas vendas, já que a demanda não está sendo atendida.
Pela alta procura e baixa oferta, o “mercado negro das figurinhas” começou a surgir. Há grupos de WhatsApp vendendo figurinhas por pelo menos cinco vezes o valor oficial, de quase R$ 6.
O assunto ganhou repercussão nas redes sociais devido à crise econômica que afeta o país. No fim da semana passada, o Banco Central aumentou a taxa de juros para 75%, a segunda maior do mundo.
“A inflação está chegando aos três dígitos, e o governo está preocupado com as figurinhas da Copa. Onde estão as reuniões com os exportadores, com o agronegócio, com os demais atores da economia”, questionou o deputado Waldo Wolff, por meio de seu perfil no Twitter.
Inflação descontrolada
A Argentina caminha para uma inflação anual recorde em 2022. Segundo o Banco Central do país, as estimativas apontam para uma inflação beirando os 95%, de acordo com uma pesquisa mensal publicada no início de setembro.
Créditos: Revista Oeste.