O que se vê no quadro político do Rio Grande do Norte é quase inédito: uma governadora, que até o mês passado, tinha mais de 50% de rejeição e que agora, segundo algumas pesquisas, tem 29%. Qual foi a mágica? Eu respondo: nenhuma. O papel aguenta tudo. São 21 pontos de melhora na aprovação do Governo, em frangalhos e que não tem uma obra pra mostrar, ter uma recuperação tão grande e em tão pouco tempo. Isso é chamar o norte-rio-grandense de idiota.
As pesquisas tentam a todo custo manter a margem do senador Styvenson Valentim (Podemos) sobre Fábio Dantas (Solidariedade) irretocável. Nos bastidores da política, a ordem do marketing de Fátima é segurar a ascensão de Fábio Dantas a qualquer preço, pois ele é o verdadeiro adversário do sistema que hoje se encontra aí. Com duas pesquisas já derrubadas pela justiça eleitoral em menos de 20 dias, é exibido o tamanho da metralhadora de desinformação que tenta manter o voto útil sob tutela do famoso “voto em quem está na frente”.
É latente a esperança que a governadora leve a eleição no primeiro turno, até porque em um eventual tira-teima de segundo turno ela não sobreviveria, mas se houver, que seja Styvenson Valentim, pelo fato de ele não empolgar a disputa. Styvenson quer voltar para o Senado, pois como disse um senador paraibano é um céu aqui na terra. Resta saber se os institutos de pesquisa continuarão pagando para ver se eles são uma espécie encatadores com uma flauta, como nos contos de fada do século passado, ou se as pessoas não são tão tolas ao ponto de votar somente por orientação dessas farsas corriqueiras em tempos de eleições.