O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou, nesta terça-feira (27), que ele e seu grupo político não admitem “discutir ou legalizar o aborto”. A declaração, proferida durante comício em Juazeiro, na Bahia, acompanhou outros destaques da pauta de costumes defendida pelo candidato à reeleição.
“Não abandonamos a pauta de costumes, aquelas que têm a ver com a nossa fé, com a nossa religião, com a nossa cultura. Nós não admitimos discutir ou legalizar o aborto, não queremos a legalização das drogas e também não admitimos para nossas crianças a ideologia de gênero”, afirmou. “O patrimônio de cada um de nós são os nossos filhos. Eles são o nosso orgulho, a nossa razão de ser. Serão tratados com o respeito que assim merecem”.
Na ocasião, o chefe do Executivo discursou sobre a recuperação de indicadores econômicos após a pandemia e aproveitou para emendar na agenda conservadora ao longo dos últimos anos. O foco no tema visa atrair o eleitorado religioso, segmento no qual lidera e que também tem recebido atenção especial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro ainda aproveitou o momento para pedir que a população não vote em quem adotou medidas restritivas durante a pandemia de Covid-19, de forma a conter a disseminação do vírus. Mesmo no auge da crise sanitária, Bolsonaro se posicionou contra o isolamento social – defendido por autoridades médicas no mundo todo.
“Vocês sabem, passamos por momentos difíceis. Uma pandemia onde governadores e prefeitos – não todos – obrigaram vocês a ficar em casa. Esses que te obrigaram a ficar em casa agora vocês têm que deixá-los ficar em casa não votando neles novamente”, defendeu.
Ele também atacou Lula e disse que “não ser corrupto não é virtude, é obrigação”.