Na coletiva de imprensa relizada na manhã desta segunda-feira (12), ao lado de Marina Silva e Geraldo Alckmin, o ex-presidente Lula defendeu que a Amazônia deva ser “compartilhada com a ciência do mundo” e que a região não pode ser um “santuário” intocado. Lula voltou a pedir que se fortaleça, no mundo, a “governança global” e criticou decisões internacionais que são “barradas no Congresso Nacional”.
“Nós precisamos compartilhar com a ciência do mundo o estudo da riqueza da biodiversidade daquela região e de outras riquezas”, disse o candidato do PT.
“Eu inclusive, Marina, tenho tentado mostrar a ideia de que é preciso reforçar a governança mundial”, disse Lula, para em seguida defender abertamente que decisões sobre questões ambientais devam ser decididas nas convenções internacionais, passando por cima nos governos dos países.
“Na questao do clima, nós não podemos mais participar de fóruns internacionais, tomarmos decisões importantes, e depois essas decisões ficam para serem aprovadas no estado nacional. Quando você chega dentro do Congresso, muitos países não conseguem aprovar. Então a decisão ficou inócua”, disse o ex-presidente.
Lula reclamou que os EUA ainda não aprovaram o Protocolo de Kyoto.
No entanto, o petista isentou a China, queixando-se de que, quando foi em congressos do clima, o mundo fez “um complô” contra o país comunista para que ele diminuisse emissões de gases poluentes, o que Lula considerou uma injustiça com a China.