A própria esquerda já está assustada com a possibilidade de Lula vencer. Todos sabem do risco econômico que é. A jornalista Miriam Leitão fez um texto expondo que sabe da realidade do desastre que pode vir a ocorrer. Confira abaixo:
O ex-presidente Lula disse num evento que é contra as agências reguladoras. Ora, ele falava sobre isso em 2002 e, na verdade, manteve as agências, ainda que com alguns episódios ruins de intervenção e politização, como o que aconteceu na ANAC. As agências modernizaram o estado brasileiro e estamos acabando de viver um momento em que a autonomia das agências ajudou a proteger a vida dos brasileiros, no caso a Anvisa. Se não fosse a agência, não sei o que teria sido de nós. Isso é só um exemplo do risco de ter um programa econômico divulgado em pílulas.
Os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto não apresentaram programas detalhados. O que ressalta nessa ausência, é a do ex-presidente Lula que está muito próximo de vencer no primeiro turno e até agora não apresentou um plano econômico mais detalhado para o país. Isso é um problema. Ele afirma que não precisa divulgar um plano detalhado porque já governou anteriormente.
Isto é verdade para algumas áreas. Na parte social, por exemplo, o ex-presidente fez uma boa política social no combate à fome e à miséria, que é a nossa atual emergência. Os mesmos especialistas que fizeram os programas estão de novo em ação, como a ministra Tereza Campello, está analisando os efeitos do Auxílio do Brasil para propor correções.
Na área econômica, o ex-presidente tem dito sobre a questão dos gastos públicos que irá revogar o teto de gastos. Mas o governo Bolsonaro, na prática, já revogou o teto de gastos. O que o país quer saber é como ele pretende reorganizar as contas públicas. Nos governos petistas houve momentos de controle das contas e outros de descontrole de gastos que provocaram crises. Esse assunto foi muito discutido na campanha mas não foram divulgados os resultados desse debate.