Em quase três meses, o combustível ficou R$ 2,35 mais barato, com recuo de 31,7%, segundo levantamento da ANP
O preço médio da gasolina nos postos do país caiu mais 2,5% pela 11ª semana consecutiva. O valor passou de R$ 5,17 para R$ 5,04, de acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveia), realizado na semana de 4 a 10 de setembro e divulgado nesta segunda-feira (12). O valor é o menor desde fevereiro de 2021.
Mas a maior queda na última semana foi do etanol, de R$ 3,71 para R$ 3,53 (4,8%). Já o diesel registrou leve redução de 0,2%, passando de R$ 6,90 para R$ 6,88.
O recuo da gasolina é motivado pela isenção da alíquota do ICMS sobre a gasolina e pelas reduções do valor nas refinarias autorizadas pela Petrobras. O quarto corte no preço em um mês e meio goi no último 2 de setembro, com recuo de 7,08, após os reajustes realizados nos dias 20 (-4,9%) e 29 de julho (-3,88%) e 16 de agosto (-4,85%).
Desde a semana de 19 a 25 de junho, quando o litro do combustível atingiu o valor recorde de R$ 7,39, o preço já caiu 31,7%, ficando R$ 2,35 mais baixo.
O preço médio da gasolina mais baixo registrado nesta semana foi em Passo Fundo (RS), R$ 4,33 o litro. O valor mais alto foi encontrado em Tefé (AM), R$ 6,76 por litro.
O resultado da queda dos combustíveis já se reflete na economia: provocou a maior deflação desde 1980 e deve causar um novo recuo de preços neste mês de setembro. Em julho, a redução de 0,68% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi guiada, justamente, pelos valores dos combustíveis (-14,15%).
Em agosto, a redução do preço dos combustíveis (-10,82%) resultou em uma deflação de 0,36%, a menor variação para o mês desde 1998 (-0,51%).
Com a segunda deflação consecutiva, o IPCA acumula alta de 8,73% nos últimos 12 meses, patamar abaixo dos dois dígitos pela primeira vez desde setembro do ano passado. No ano, o índice tem alta de 4,39%.
Segundo dados da prévia da inflação de agosto, o IPCA-15, os combustíveis registraram queda de 15,33%. A gasolina ficou 16,80% mais barata e foi a principal responsável por puxar o índice para baixo.