O governo brasileiro vai emitir uma nota de protesto ao governo norte-americano, após o episódio do sumiço do carro oficial que levaria o presidente Jair Bolsonaro à sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na última terça-feira (20).
O presidente saiu do hotel no horário estipulado, mas o carro não estava lá. Por isso o presidente brasileiro decidiu ir a pé até a ONU, onde proferiria o discurso de abertura da Assembleia Geral. O atraso seria impoerdoável.
Teve jornalão no Brasil que resolveu culpar o trabalho dos diplomatas brasileiros, sem saber que todos os veículos de chefes de Estado estrangeiros que estavam em Nova York para a Assembleia ficam sob responsabilidade do Serviço Secreto dos Estados Unidos.
O governo americano também exige que os carros dos comboios presidenciais passem por uma vistoria antibombas antes de adentrar o prédio da ONU, que fica a menos de 2km do hotel Omni Berkshire Place, onde a comitiva presidencial estava hospedada.
Segundo relatou o Ministério das Relações Exteriores, os veículos da comitiva presidencial brasileira foram entregues ao Serviço Secreto americano na tarde de do dia 19, véspera da Assembleia. Às 6h da terça (20), o Serviço Secreto saiu com os veículos do hotel para realizar a varredura antibombas, e não retornou a tempo.
O Itamaraty também relatou que o Serviço Secreto disponibilizou apenas uma tenda para a verificação de segurança dos veículos, em vez de duas, como tradicionalmente ocorria. “Várias delegações ficaram paradas mais de 2:30 horas aguardando a vistoria e também tiveram que cancelar reuniões e compromissos previamente agendados em razão do atraso do Serviço Secreto”, atestou o ministério.
Diário do Poder