Candidato a Deputado Federal, Vlogger Lisboa aparece entre os mais citados no ranking de popularidade digital

A direita domina o ranking de popularidade digital dos candidatos a deputado federal pelo estado de São Paulo, mostra índice calculado pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest, que passa a ser divulgado pela Folha até as eleições, em 2 de outubro.

Os dados foram afe­ri­dos no Índice de Popu­la­ri­dade Digi­tal da Qua­est, que a Folha passa a divul­gar. Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o PL tem o maior ou o segundo maior con­tin­gente nas cem pri­mei­ras posi­ções.

O PT de Luiz Iná­cio Lula da Silva, prin­ci­pal adver­sá­rio de Bol­so­naro nas elei­ções de 2 de outu­bro, só se des­taca entre os minei­ros, mas ainda atrás do PL. O IPD mede dia­ri­a­mente o desem­pe­nho dos polí­ti­cos nas redes.

Foram ana­li­sa­dos os per­fis de Face­book, Ins­ta­gram e Twit­ter de 2.265 dos 3.690 pos­tu­lan­tes nos três esta­dos. Carla Zam­belli (60,17), Edu­ardo Bol­so­naro (58,72) e Tiri­rica (53,10), todos do PL, enca­be­çam a lista. A informação é do Jornal Folha de SP.

A direita domina o ran­king de popu­la­ri­dade digi­tal dos can­di­da­tos a depu­tado fede­ral pelos esta­dos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, mos­tra índice da Qua­est que passa a ser divul­gado pela Folha. O PL do pre­si­dente Jair Bol­so­naro, par­ti­cu­lar­mente, é o par­tido que apre­senta os mai­o­res indi­ca­do­res.

Nos três esta­dos, o par­tido tem o maior ou segundo maior número de pos­tu­lan­tes à Câmara nas cem pri­mei­ras posi­ções. O PT de Luiz Iná­cio Lula da Silva só se des­taca entre os minei­ros, mas a legenda adver­sá­ria ainda acu­mula melho­res posi­ções ali.

O cha­mado Índice de Popu­la­ri­dade Digi­tal (IPD) varia de 0 a 100 e foi cri­ado pela empresa de con­sul­to­ria e pes­quisa em 2018. Ele mede dia­ri­a­mente o desem­pe­nho dos polí­ti­cos nas redes soci­ais e ajuda a sen­tir a tem­pe­ra­tura da cor­rida elei­to­ral no país.

Foram ana­li­sa­dos, no último mês, os per­fis no Face­book, Ins­ta­gram e Twit­ter de 2.265 dos 3.690 can­di­da­tos nes­ses locais (61%), segundo regis­tros no TSE (Tri­bu­nal Supe­rior Elei­to­ral). Os demais não foram encon­tra­dos ou tinham as redes fecha­das para o público, segundo a Qua­est.

Em São Paulo, que tem 70 vagas a serem pre­en­chi­das na Câmara de Depu­ta­dos, o PL acu­mula 22 dos seus 63 can­di­da­tos no top 100. O Repu­bli­ca­nos, tam­bém à direita, é outro que se des­taca na inter­net, com 12 dos seus 54 nomes bem clas­si­fi­ca­dos.

Os três melho­res índi­ces são dos já depu­ta­dos fede­rais Carla Zam­belli (60,17), Edu­ardo Bol­so­naro (58,72) e Tiri­rica (53,10), todos do par­tido do pre­si­dente. Jun­tos, eles somam mais de 12,4 milhões de segui­do­res ape­nas no Ins­ta­gram.

Os pró­xi­mos são a influ­en­ci­a­dora digi­tal Juju Fer­rari (Avante), o can­tor e you­tu­ber Fer­nando Lis­boa (PL) e o pas­tor Marco Feli­ci­ano (PL). O dele­gado Da Cunha (PP), demi­tido da Polí­cia Civil pau­lista em julho por pos­tar vídeo com apo­lo­gia a estu­pro e racismo, ocupa o nono lugar.

Em Minas Gerais, estado com 53 cadei­ras na Casa, o PT lidera com mais mem­bros entre os cem pri­mei­ros colo­ca­dos, 13 dos seus 39 nomes. O PL, no entanto, vem logo atrás com 11 dos seus 32 pos­tu­lan­tes nesse pri­meiro pelo­tão e acu­mula melho­res posi­ções.

Quem lidera o ran­king é o depu­tado fede­ral André Jano­nes, do Avante (64,56), que desis­tiu da can­di­da­tura à Pre­si­dên­cia e deci­diu apoiar Lula. O segundo é Niko­las Fer­reira (54,19), vere­a­dor de Belo Hori­zonte pelo PL aos 26 anos.

Eles são segui­dos pelo joga­dor Mau­rí­cio do Vôlei, tam­bém do PL (34,20), e pelo depu­tado fede­ral Regi­naldo Lopes (33,23), atual líder da ban­cada do PT na Câmara. Esses qua­tro pri­mei­ros colo­ca­dos somam mais de 7,3 milhões de segui­do­res no Ins­ta­gram.

Já no Rio de Janeiro, o par­tido de Bol­so­naro con­cen­tra as pri­mei­ras qua­tro posi­ções e tem 20 dos seus 43 con­cor­ren­tes entre os cem mais popu­la­res nas redes soci­ais. Ali, ganha com dis­tân­cia do PSD ao cen­tro, com 12 nomes bem clas­si­fi­ca­dos.

O melhor índice flu­mi­nense é, com folga, do ex-vere­a­dor Gabriel Mon­teiro, que teve o man­dato cas­sado no último dia 18, após ser denun­ci­ado por sus­peita de assé­dio e impor­tu­na­ção sexual con­tra uma ex-asses­sora de seu gabi­nete e inves­ti­gado por outros cri­mes.

O ex-poli­cial you­tu­ber tem um IPD de 73,79, muito supe­rior ao de Mar­cos Braz (49,14), vere­a­dor e diri­gente do Fla­mengo. A ter­ceira e quarta posi­ções ficam com os depu­ta­dos fede­rais Car­los Jordy (46,84) e Hélio Negão (27,89).

O Índice de Popu­la­ri­dade Digi­tal é cal­cu­lado pela Qua­est por meio de um algo­ritmo de inte­li­gên­cia arti­fi­cial que, no caso dos can­di­da­tos a depu­tado fede­ral, coleta e pro­cessa 139 vari­á­veis das três redes soci­ais. A par­tir dos índi­ces diá­rios, foi tirada uma média men­sal.

São moni­to­ra­das cinco dimen­sões: pre­sença digi­tal (per­fis ati­vos), fama (segui­do­res e alcance), enga­ja­mento (comen­tá­rios e cur­ti­das), mobi­li­za­ção (com­par­ti­lha­men­tos) e valên­cia (pro­por­ção de rea­ções posi­ti­vas e nega­ti­vas).

O peso que cada dimen­são terá na equa­ção con­si­dera os resul­ta­dos reais do pleito de 2018, com milha­res de can­di­da­tu­ras moni­to­ra­das pela empresa desde então. Tra­tase, por­tanto, de um indi­ca­dor de desem­pe­nho elei­to­ral a par­tir do desem­pe­nho de popu­la­ri­dade.

“O IPD é mais do que medir quem vai bem ou mal nas redes soci­ais. Ele é, a par­tir das redes, o que espe­ra­mos que acon­teça nas elei­ções”, diz o cien­tista polí­tico e esta­tís­tico Felipe Nunes, dire­tor da empresa e pro­fes­sor de méto­dos quan­ti­ta­ti­vos na UFMG (Uni­ver­si­dade Fede­ral de MG).

Desde junho, a Folha tam­bém já vinha publi­cando men­sal­mente a per­for­mance dos can­di­da­tos à Pre­si­dên­cia e aos gover­nos des­ses três esta­dos do Sudeste, além de Bahia, Per­nam­buco, Rio Grande do Sul e Dis­trito Fede­ral.