Há 8 meses o presidente Jair Bolsonaro (PL) negociou com Putin fertilizantes para o Brasil. Isso garantiu a nossa segurança alimentar e a de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.
Só agora o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (14), sobre as exportações ucranianas de grãos pelo Mar Negro, e afirmou que espera que um acordo mediado pela ONU seja mantido e expandido para incluir a exportação de amônia russa.
“Remover os obstáculos que ainda existem em relação à exportação de fertilizantes russos é absolutamente essencial”, disse Guterres a jornalistas pouco depois de falar com Putin.
Facilitar os embarques de alimentos e fertilizantes da Rússia é um aspecto central de um pacote negociado entre a ONU e a Turquia em 22 de julho, que também retomou as remessas de grãos e fertilizantes da Ucrânia no Mar Negro. A Rússia recentemente criticou o acordo, reclamando que suas exportações ainda estavam prejudicadas.
O acordo incluía a amônia – um ingrediente importante para os fertilizante de nitrato. Um oleoduto que transportava amônia da região russa do Volga para o porto ucraniano de Pivdennyi (Yuzhny), no Mar Negro, foi fechado quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.
As Nações Unidas estão agora tentando intermediar a retomada dessas exportações de amônia.
“Há… conversas sobre a possibilidade de exportação de amônia russa pelo Mar Negro”, disse Guterres, acrescentando que há uma “situação dramática” no mercado mundial de fertilizantes.
“Estamos arriscando ter uma crise no mercado de fertilizantes”, disse ele. “Temos notícias de diferentes partes do mundo onde as áreas cultivadas são muito menores do que no ciclo anterior, o que significa que corremos o risco de ter em 2022 uma falta real de alimentos”.
Ele disse que houve algumas exportações de alimentos e fertilizantes russos dos portos russos, mas que foram “muito abaixo do desejável e do que será necessário”.