Durante seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 20, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse que o Brasil tem autoridade para se manifestar sobre a agenda de saúde pública. “Fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos”, explicou o chefe do Executivo.
Bolsonaro destacou que, na pandemia, o Brasil concentrou sua atenção em garantir o auxílio emergencial aos mais pobres. Além disso, a preocupação econômica se deu para que cada família conseguisse enfrentar as dificuldades financeiras decorrentes da pandemia. “Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a um terço da nossa população”, afirmou o presidente.
As vacinas produzidas pelo Instituto Butantan também foram citadas pelo chefe do Executivo, que ressaltou os 80% da população vacinada contra o coronavírus. “Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual”, disse.
No campo da economia brasileira, o presidente observou que o país possui um crescimento sustentável e inclusivo. “Estamos implementando reformas para a atração de investimentos e a melhoria das condições de vida de sua população”, explicou.
Outra parte importante do discurso de Bolsonaro foi o seu aceno às mulheres. O presidente destacou as políticas femininas como uma prioridade em seu governo. “Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso”, afirmou. A diminuição de 7% nos números de feminicídios e a queda dos homicídios em geral também foram citadas. “Em 2017, foram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19″, disse.
O presidente também citou o aumento da regularização da propriedade de terra para os assentados. “No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para mulheres”, disse. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foi citada durante o discurso como uma referência no trabalho voluntário. “Ela trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras”, explicou.
Bolsonaro ainda usou o discurso na ONU para defender a liberdade de expressão, religião e repudiar a perseguição religiosa. “É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação”, disse. “Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que têm sofrido cruel perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.”