O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avalia atender a duas de três sugestões das Forças Armadas para as urnas eletrônicas. Militares atuam para a transparência das eleições. A informação é do jornal O Estadão.
A 1ª das sugestões é a publicação de arquivos de dados dos boletins das máquinas, com os votos registrados e apurados em cada aparelho. Eles devem ser divulgados on-line na íntegra, criando uma base de dados pública na internet.
O TSE promete publicá-los assim que receber os arquivos dos cartórios eleitorais para contagem em tempo real, em Brasília, depois do encerramento da votação, em 2 de outubro.
A medida pode agilizar a contagem dos militares, que se preparavam para usar os espelhos dos boletins com códigos QR.
Uma 2ª reivindicação dos militares será parcialmente atendida. As Forças Armadas haviam solicitado que a urna modelo 2020, a ser usada nestas eleições, passasse por um teste de integridade pública.
Como alternativa, o TSE decidiu submeter o modelo 2020 da urna eletrônica à análise técnica da Universidade de São Paulo, a USP.
Um laudo dos testes na Escola Politécnica da USP será entregue em breve para atestar a confiabilidade do modelo. Elas serão 225 mil unidades nestas eleições. O TSE garante que são “seguras”.
Confira os pedidos:
Contagem paralela de votos
– Forças Armadas
Militares queriam que o TSE incluísse novas funcionalidades no aplicativo Boletim na Mão, que permite às pessoas coletarem os boletins de urna e baixarem cópia para poder fazer contagem paralela de votos.
– TSE
Corte vai publicar na internet, pela primeira vez, em página de acesso público, arquivos de dados dos boletins de urna, o que permitirá a pessoas e entidades fiscalizadoras baixarem dados do repositório e processarem contagem própria.
Também publicará os boletins com códigos QR.
Teste público de segurança da nova urna
– Forças Armadas
Exigiram que o novo modelo de urna eletrônica, o UE2020, a ser usado pela primeira vez em 2022, seja submetido ao mesmo teste público de segurança que os modelos anteriores dos equipamentos.
– TSE
Como o teste no modelo defendido pelos militares demora de três a quatro meses, o tribunal usou uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP) para incluir exames similares. A universidade recolheu o equipamento e levou para testes mais extensos em seus próprios laboratórios.
Teste de integridade nas seções eleitorais
– Forças Armadas
Proposta dos militares era realizar testes de urnas eletrônicas no dia da votação; atualmente, esses testes são feitos previamente nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
– TSE
A Justiça Eleitoral vai manter o teste de integridade nas salas preparadas dos TREs, por entender que as mudanças propostas pelas Forças Armadas poderiam “trazer prejuízos ao confundir os eleitores” com um convite para participar de uma segunda votação.