Investigadores e fontes próximas à investigação afirmaram ao site g1 que a Polícia Federal (PF) deve ouvir, ainda nesta terça-feira (23), empresários pró-Bolsonaro que foram alvos de mandados de busca e apreensão mais cedo.
Os empresários teriam supostamente defendido um golpe de Estado, em um grupo de WhatsApp, caso Lula (PT) vencesse as eleições deste ano.
A operação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A depender do que for apreendido durante as operações de busca, é possível que haja pedidos de prisão, informou um dos investigadores ao site.
Foram alvos da operação de busca e apreensão desta terça:
Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luciano Hang (Havan); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).
Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Outra fonte consultada pelo g1 afirma que a PF não tinha acesso ao grupo de WhatsApp até a conversa ser publicada no “Metrópoles”.
Por isso, os investigadores tiveram que obter mais dados para compreender e esclarecer as trocas de mensagens dos empresários. “Tecnicamente, não se pede prisão só com base em matéria jornalística”, explica um dos investigadores.
Além das buscas, Moraes também determinou:
- bloqueio das contas bancárias dos empresários;
- bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais;
- tomada de depoimentos;
- quebra de sigilo bancário.