O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, saiu otimista da reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (24). Porém, ao que tudo indica, ainda tem muita água para rolar até as eleições gerais, dia 2 de outubro.
Nesta quarta-feira (24), um dia após o encontro a portas fechadas entre os ministros, técnicos da Corte Eleitoral já alegaram ser inviável atender um dos pedidos feitos pelo Ministério da Defesa que objetiva dar mais lisura ao processo eleitoral. Para os peritos, é inexecutável auditar as urnas eletrônicas com biometria no dia do pleito.
A Defesa quer um teste de integridade com eleitores reais e com biometria para identificar. Só que, na prática, técnicos relatam impossibilidade por vários motivos: seria inviável convencer eleitores a voltar, após terem votado, para ir para o teste de integridade e aguardar a conclusão. Além disso, é impossível também levar a empresa de controle externo para esse tipo de teste no país inteiro.
Eles também dizem que uma eventual auditoria deixaria os eleitores desconfiados: “Imagine explicar isso a um idoso ou a um eleitor que não entende sobre biometria? Iria gerar desconfiança e dificuldade ao mesmo tempo”, diz um dos técnicos.
Por outro lado, técnicos do TSE fizeram, a pedido de Alexandre de Moraes, uma simulação do teste de integridade das urnas com biometria. O teste foi feito em uma sala do tribunal na semana passada e apresentado ao presidente da Corte.
Alexandre de Moraes e Paulo Sérgio Nogueira se reuniram na última terça, (23). As negociações e diálogos sobre os pedidos da pasta seguem em pauta. A decisão caberá a Moraes sobre se atenderá algum pedido.