Apoiadora do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), foi proibida pela Justiça Eleitoral de usar símbolos e a sigla do PT na sua campanha.
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) foi tomada em resposta à ação movida pela Frente Popular, que tem Danilo Cabral como candidato a governador pelo PSB, com apoio do PT, PCdoB, MDB, Republicanos, PDT, PP, PV e PROS.
Marília Arraes lidera pesquisas, após ter sua pré-candidatura a governadora rejeitada pelo PT de Pernambuco. Mas não deixou de ter o apoio de grande parte da militância petista.
Ação da coligação de Danilo Cabral acusou a campanha de Marília de distribuir camisas vermelhas com a estrela do PT. “A utilização de vestimenta que ostenta sigla partidária que não compõe a coligação da candidata transmite mensagem falsa”, denunciou a ação da Frente Popular.
As provas apresentadas à Justiça Eleitoral foram imagens de cabos eleitorais de Marília e Maria Arraes, irmã da candidata a governadora, que concorre à Câmara dos Deputados, vestidos de camisas vermelhas que tinham uma estrela e a inscrição “juventude”.
Ao avaliar a ação, o desembargador eleitoral auxiliar Rogério Fialho Moreira concluiu que há efeito de confundir o eleitorado, a utilização de peças “de partido e coligação diversa”. E considerou que a prática provoca “desequilíbrio na corrida eleitoral”.
O advogado de Marília Arraes, Jarbas Agra, afirmou que a decisão será cumprida. “Mas a campanha não tem nenhuma responsabilidade se a militância do PT quer votar em Marília”, ponderou Agra. (Com informações do Estadão)