O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), estiveram frente a frente na tarde desta quinta-feira (25/8). Durante a posse da ministra Maria Thereza de Assis Moura como presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), eles se encontraram pela primeira vez desde a operação da PF contra grupo de empresários investigados por defenderem um golpe de Estado no WhatsApp em caso de derrota de Bolsonaro nas eleições.
As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Além dos mandados de busca, o magistrado determinou a quebra de sigilo financeiro e o bloqueio das contas bancárias e das redes sociais dos investigados. A informação é do Portal Metrópoles.
Bolsonaro e Moraes ficaram separados entre as cadeiras destinadas aos ministros e a bancada onde estavam os presidente dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Até o término da cerimônia, presidente e ministro não tinham se cumprimentado. Os participantes da posse ainda descerão para um coquetel de comemoração.
Bolsonaro sentou ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e do ex-presidente do STJ Humberto Martins, que passou o cargo para a ministra Maria Thereza.
Posse
A ministra Maria Thereza de Assis Moura tomou posse como a 20ª presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quinta-feira (25/8). Og Fernandes assumiu a vice-presidência. Os dois vão conduzir o STJ e o Conselho da Justiça Federal (CJF) no biênio 2022-2024, em substituição aos ministros Humberto Martins e Jorge Mussi, respectivamente.
Com 15 anos de atuação no STJ, a ministra é a atual corregedora nacional de Justiça, cargo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Maria Thereza foi eleita por aclamação em maio. A ministra é a segunda mulher a ocupar a presidência do tribunal. A primeira foi Laurita Vaz, no biênio 2016-2018.
A magistrada atuará junto a um corpo de ministros majoritariamente masculino. O tribunal é composto de, no mínimo, 33 ministros, nomeados pelo presidente da República. Atualmente, só seis são mulheres. Isso representa 18% dos ministros da Corte.