O mistério da Lagoa de Extremoz finalmente foi resolvido. Já de antemão, aviso que não é Stranger Things e nem um monstro do lago. De acordo com o gestor da RDS Ponta Tubarão e professor do departamento de Ciências Biologicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Ramiro Camacho, a poluição no local contribui para a circunstância.
Porém, além desse fator, há um desprendimento natural das plantas, conforme Camacho, conhecidas como águapés, e isso provoca o surgimento de uma ilha no meio da lagoa. O professor explica que esse tipo de ilha é comumente vista no rio Apodi-Mossoró.
“Esse problema é uma consequência um pouco de eutrofização de alguns corpos de água. Com a ploriferação dessas plantas de água. O que a gente percebe é que se trata de águapé. Com as chuvas, vão se formando grandes colônias dessa planta. Nessa época de chuva, conseguem se desprender e formar essas ilhas flutuantes de águapé. Isso a gente vê, por exemplo, no rio Apodi-Mossoró. Se tratando de uma lagoa, com certeza se desprendeu de algum lugar e foi acompanhando a correnteza. Se trata apenas de um banco de plantas, que formam uma grande colônia”, contou.
A situação do surgimento da “ilha de plantas” assustou moradores da região que gravaram vídeos mostrando o surgimento surpreendente das plantas em meio à lagoa.
No início do mês de julho, durante as fortes chuvas, a Lagoa de Extremoz voltou a transbordar após 24 anos. A situação interditou a principal via de acesso ao município de Extremoz.