Em uma conversa durante visita a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, Cynthia Giglioli da Silva Camacho afirmou que ele pode estar sendo traído por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), da qual é apontado como líder, e corre o risco de morrer. “Está saindo esse boato dessa maldita liderança que falam que é sua e que querem tomar de você”, disse.
Na gravação, Marcola responde confiante: “Ninguém tem condições de fazer nada comigo”. Mesmo assim, a mulher manifesta preocupação com a vida dele, e o chefe do PCC pede a ela que fique tranquila. “Quando você me viu perder?”, questiona.
O detento não tem direito a visita íntima porque está em uma penitenciária federal. Nesse tipo de presídio, Marcola consegue ver a esposa e falar com ela apenas por meio de uma parede de vidro, blindada. Ele fica 48 horas trancado na cela e tem direito a quatro de banho de sol.
A conversa foi gravada para que a polícia pudesse investigar possíveis códigos na comunicação entre ele, a família e os advogados.
Para tentar acalmar a esposa, Marcola muda de assunto em seguida e diz quanto ela está bonita. “Que saudade desse ‘bocão’, fecho os olhos e imagino ele.” Cynthia, por outro lado, desabafa e diz que gostaria de ter um marido normal.
O casal falou também sobre o desempenho dos três filhos na escola e a programação das férias da família pela Europa.
Marcola, hoje com 54 anos, foi condenado a 342 anos de prisão.