O indiano Gautam Adani se tornou a terceira pessoa mais rica do mundo com patrimônio líquido de US$ 137 bilhões. Ele aparece atrás de Elon Musk, CEO da Tesla, e de Jeff Bezos, fundador da Amazon, no ranking Bloomberg Billionaires Index.
Conhecido como “rei da infraestrutura”, Adani viu seu patrimônio multiplicar durante a pandemia do coronavírus. Ele administra um dos maiores conglomerados da Índia, com investimentos que vão desde minas de carvão, um dos seus primeiros negócios, a usinas de energia, portos e aeroportos.
Todos os negócios fazem parte do portfólio do Adani Group, cuja valorização recente das ações na bolsa da Índia fez a fortuna de Adani saltar US$ 43,4 bilhões entre janeiro e maio, segundo a Bloomberg.
Ele é o único bilionário do setor da Indústria nas primeiras colocações do ranking da Bloomberg, que é atualizado diariamente.
Gautam Adani ultrapassou em US$ 1 bilhão a fortuna de Bernard Arnault, presidente e diretor geral do grupo LVMH, maior conglomerado de produtos de luxo do mundo.
Durante a pandemia, Adani passou a anunciar uma série de investimentos. Um dos planos do grupo que mais chamaram a atenção foi o de aportar US$ 70 bilhões em projetos ligados à energia renovável até 2030, uma medida que se alinha com os planos da Índia e do primeiro-ministro Narendra Modi.
Veja o ranking da Bloomberg:
- Elon Musk: US$ 251 bilhões
- Jeff Bezos: US$ 153 bilhões
- Gautam Adani: US$ 137 bilhões
- Bernard Arnault: US$ 136 bilhões
- Bill Gates: US$ 117 bihões
- Warren Buffett: US$ 100 bilhões
- Larry Page: US$ 100 bilhões
- Sergey Brin: US$ 95,8 bilhões
- Steve Ballmer: US$ 93,7 bilhões
- Larry Ellison: US$ 93,3 bilhões
História de Gautam Adani
Aos 18 anos e não muito fã de estudar, Adani abandonou a faculdade e se mudou de Ahmedabad, sua cidade natal, para Mumbai, onde abriu uma empresa voltada a diferenciar diamantes verdadeiros de cópias baratas. O negócio evoluiu para compra e venda das pedras preciosas e, aos 20 anos, ele se tornou milionário.
Em seguida, passou a atuar no comércio exterior de uma fábrica de plástico em Ahmedabad, recém-comprada por um de seus irmãos. Adani cuidava tanto da compra de matérias-primas quanto das vendas. O negócio evoluiu para mineração de carvão e, beneficiado pela abertura comercial da Índia em 1991, ele se tornou um dos grandes empresários do país.
A escalada seguiu com ele vencendo o contrato de privatização do Porto de Mundra, maior porto comercial (e mais importante ponto de importação de carvão) da Índia.
Nos últimos anos, com o apoio do primeiro-ministro Narendra Modi para o desenvolvimento da infraestrutura indiana, o magnata avançou para outras áreas. Hoje, ele comanda sete aeroportos, que representam praticamente 25% de todo o tráfego aéreo do país.
Agora, Adani tem ampliado a sua atuação em países vizinhos, como o Sri Lanka, onde vai construir um terminal portuário. Para completar, também passou a investir nos últimos meses em data centers, segmento em que quer atuar em toda a Índia, que se tornou um dos polos tecnológicos mais importantes do mundo.