O empresário paquistanês Wasim Aftab Malik, 46 anos, acusado de atropelar e matar Gilvane Cassemiro Pereira, 52, e deixar Gustavo da Silva Santiago, 28, ferido, recebeu liberdade provisória na tarde deste sábado (6/8) após audiência de custódia. A soltura foi decretada mediante pagamento de fiança de R$ 70 mil.
Por conta do ataque hacker que deixou o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) fora do ar, a guia para recolhimento da fiança arbitrada não está sendo expedida e o acusado poderá realizar o pagamento até 12/8. Caso ele não desembolse o valor no prazo, poderá ter a prisão preventiva decretada. A informação é do Metrópoles.
Durante a sessão, realizada no Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), o juiz substituto Valter André de Lima Bueno Araújo também suspendeu o direito de dirigir do empresário e determinou o recolhimento do passaporte dele.
De acordo com o advogado do paquistânes, Jean Cleber Garcia, o acusado comprometeu-se ainda a amparar as famílias afetadas pelo acidente.
“Tanto a defesa quanto o senhor Wasim Malik entendem a gravidade do delito. Foi uma fatalidade, mas ele vai buscar de todas as formas amparar tanto a família do senhor que perdeu a vida, quanto do rapaz que está hospitalizado. Nós nos colocamos à disposição para o contato das famílias e vamos tentar minimizar o sofrimento deles”, afirmou o advogado.
Malik estava embriagado e dirigia em alta velocidade quando bateu e arrastou os motociclistas, na madrugada de sexta-feira (5/8). O acidente fatal aconteceu no cruzamento da Fundação Bradesco, entre a Avenida Hélio Prates e a QNN 27, em Ceilândia.
Após o acidente, o empresário foi encaminhado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia centro).
O paquistanês estava bêbado, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). No carro dele, foram encontradas garrafas de bebida alcoólica vazias.
Segundo a empresa que cuida da regularização do estrangeiro, Thagori Group, Malik possui união estável com uma brasileira e tem dois filhos paquistaneses.
Ele é dono de um supermercado, conhecido como Minimercado de Dubai, que fica na Praça Bem Te Vi, na Quadra 105, em Águas Claras.
Se for indiciado, o empresário pode responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor, além de lesão corporal culposa.