A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurava suspeitas de tráfico de influência de Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e apontou não ter detectado crimes por parte dele ou dos empresários envolvidos. Com isso, ninguém foi indiciado no caso.
O relatório final foi enviado nesta terça-feira à 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Agora, deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal, que vai avaliar se arquiva a investigação ou pede novas diligências.
O inquérito apurava se Jair Renan atuou para abrir as portas do governo federal para empresários, em troca da captação de doações para a montagem de uma sala comercial que seria usada pelo filho mais novo do presidente.
Um empresário do Espírito Santo compareceu, acompanhado de Jair Renan, a uma reunião no Ministério do Desenvolvimento Regional para apresentar um projeto ao governo federal. Esse mesmo empresário doou um carro elétrico no valor de R$ 90 mil que teria sido usado por Allan Lucena, amigo e preparador físico de Jair Renan. A PF concluiu que nenhum deles cometeu crime nas ações.
Procurado, o advogado Frederick Wassef, que defende Jair Renan Bolsonaro, afirmou esperar que o Ministério Público Federal concorde com a argumentação da PF e arquive o inquérito.
— Todas as diligências possíveis e inimagináveis a Polícia Federal empreendeu buscando qualquer indício e, após um profundo e rigoroso trabalho de investigação a Polícia Federal de fato apurou que jamais existiu qualquer crime, qualquer ilícito e concluiu pela não existência de crime e pelo não indiciamento do meu cliente. (…) Renan não ganhou carro, Renan não marcou reunião, a empresa não ganhou contratos com o governo, então o que nós temos? Nada — afirmou Wassef.