O ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) Giuseppe Janino contou, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (4), que, após a inspeção dos códigos-fonte das urnas eletrônicas por instituições fiscalizadoras, os programas utilizados no processo são “blindados”, fazendo com que qualquer mudança nos códigos seja identificada pela Justiça Eleitoral.
Na terça-feira (3), representantes do Ministério da Defesa iniciaram uma inspeção aos códigos-fonte das urnas. Outras instituições fiscalizadoras também irão fiscalizar os programas, que abrangem 17 milhões de comandos.
Após a inspeção pelas instituições fiscalizadoras, Janino explica que os programas são lacrados, uma espécie de blindagem por meio de assinaturas digitais e procedimentos matemáticos.
“Isso significa que depois de lacrados ou blindados eles ganham dois atributos: autoria e integridade. Se a assinatura bater, significa que são efetivamente programas desenvolvidos pela Justiça Eleitoral e que não foram adulterados”, explica o ex-secretário, conhecido como o “pai da urna eletrônica”. “Se alterar um ponto ou uma vírgula em qualquer um desses programas, a assinatura não bate mais”, reforça.
Segundo ele, os códigos-fonte são os programas que fazem o funcionamento de todos os procedimentos realizados no paradigma digital durante o processo eleitoral, desde o cadastro eleitoral à transmissão de dados e totalização dos votos. Ele aponta que são mais de cem programas, que são linhas de comando, escritos em arquivos e desenvolvido exclusivamente pela equipe técnica do TSE.