Movimento pela paz na eleição quer garantia de segurança para mesários e outros servidores da Justiça Eleitoral informa o portal Metrópoles
Além da proibição de uso de armas nos dias de votação, decisão aprovada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o movimento Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral quer o fechamento dos clubes de tiro de todo o pais nesses dias nas eleições.
Essa movimento reúne 200 entidades da sociedade civil.
Em audiência pública ontem na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, representantes dessas entidades e do TSE debateram o assunto.
O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público (Fenajufe), Manoel Sousa, afirmou que o Brasil se transformou em “laboratório de ascensão da extrema direita”. E lembrou das práticas de fake news e a suspeição das urnas eletrônicas e da Justiça eleitoral.
“De um lado, o extremismo político e, do outro lado, esse conjunto de teorias da conspiração e também o armamentismo de caráter nitidamente político. É diante disso que a gente está colocado. E daí, decorrem vandalismo contra órgãos da Justiça Eleitoral, pichações e até tiros em fachadas de tribunal eleitoral. Isso gera um clima de medo para os servidores”.
O representante da Associação Juízes para a Democracia (AJD), Cláudia Dadico, falou em discursos ameaçadores em “tom de ultimato” e citou os outdoors sobre o 7 de Setembro, que exibem frase ameaçadora do “é agora ou nunca”.
O presidente da comissão, deputado Pedro Uczai (PT-SC), pretende, junto com essas entidades, se reunir com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e o Ministério da Justiça e pedir medidas de proteção aos mesários e quem mais for trabalhar nos dias da eleição.