Um homem acusado de estuprar duas crianças foi encontrado morto dentro de um saco em Itaquera, na zona leste de São Paulo, na tarde da última quinta-feira (25).
O corpo de Wellington de Oliveira Brito, de 40 anos, foi encontrado pela irmã dele, Érica Cristina de Oliveira Brito, de 39 anos, na Avenida Miguel Ignácio Curi, no bairro Artur Alvim, ao lado da Fundação Casa.
A esposa do homem, Luciana Góis Fernandes, de 39 anos, contou em depoimento à Polícia Civil que o marido havia saído para trabalhar como manobrista e retornado às 21h da segunda-feira (22). Em seguida, Wellington deixou a mochila em casa e saiu novamente para comprar cigarros, mas não voltou mais.
Ela foi procurar por ele na casa da sogra e na casa de Érica, mas as duas também não tinham informações sobre o homem. A família realizou buscas por conta própria até a tarde desta quarta-feira (24), quando decidiram registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento.
Érica relatou, também em depoimento à Polícia Civil, que procurou pelo irmão nas ruas do bairro com a ajuda do marido na tarde de quinta-feira. Em uma das vias, encontraram um saco branco estranho e com cheiro forte.
A mulher decidiu abrir o saco e encontrou o corpo de Wellington dentro dele. Ela afirmou que não teve dúvidas de que era o irmão por conta da barba e do cabelo. No mesmo momento, ela acionou a Polícia Militar, às 15h20.
As duas mulheres contaram à Polícia Civil que o homem é acusado de ter estuprado duas crianças. Segundo a esposa do suspeito, no domingo (21), seria uma menina de 5 anos e a própria sobrinha, de 8 anos.
A mãe de uma das vítimas disse para a esposa do acusado que ele fez sexo oral nas meninas, no dia 14 de agosto. A mulher registrou um boletim de ocorrência contra Wellington, que chegou a ser levado até uma Delegacia de Defesa da Mulher, mas foi liberado.
Luciana afirmou que a família, incluindo os pais de uma das crianças, não acreditava nas acusações. Ela tem uma filha com o homem, de 7 anos.
Equipes da 2ª Companhia do 39° BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano) foram acionadas e preservaram a área onde o corpo foi encontrado até o fim do trabalho da Polícia Civil e do IC (Instituto de Criminalística).
O caso foi registrado como homicídio no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa e encaminhado para investigação no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
De acordo com o DHPP, a vítima estava com o rosto desfigurado e inchado, além de estar em avançado estado de decomposição. O corpo passou por exames no IML (Instituto Médico Legal).
Ainda segundo o DHPP, ainda não há informações sobre a identificação dos suspeitos, mas a principal hipótese é que o crime tenha relação com as acusações de estupro.
Créditos: R7.