Candidato a deputado estadual no Paraná, Luiz do PT entrou na última quinta-feira, 11, com pedido de impugnação da candidatura de Sergio Moro (União Brasil) ao Senado no Estado.
A alegação do petista é que o ex-juiz federal descumpre artigo da Lei das Eleições que determina necessidade de um candidato ter domicílio eleitoral estabelecido no local pelo qual concorrerá a seis meses antes do pleito.
Moro declarou à Justiça Eleitoral domicílio em Curitiba em 15 de novembro 2011. Recentemente, o ex-juiz pediu transferência para São Paulo, em 30 de março de 2022. O prazo mínimo de seis meses se encerrou em 4 de maio.
No entanto, em junho, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu que Moro não poderia concorrer no Estado. O filiado do União Brasil acabou costurando de última hora a candidatura pelo Paraná.
O pedido do candidato do PT argumenta que Moro “possui domicílio eleitoral na circunscrição do pleito —Estado do Paraná— por período inferior a 6 meses. No período que tem início na data de seu pedido de transferência de domicílio eleitoral para São Paulo até o trânsito em julgado da decisão que cancelou a aludida transferência, o impugnado teve domicílio eleitoral naquela cidade”.
“Assim, não tendo domicílio eleitoral na circunscrição do pleito pelo prazo mínimo de 6 meses, o impugnado não satisfaz uma das condições de elegibilidade previstas no texto constitucional, de forma que seu pedido de registro há de ser indeferido.”
O ex-ministro da Justiça é alvo de outros pedidos de impugnação de candidatura pelo mesmo motivo.
Moro nas eleições do Paraná
Depois da vida na magistratura, Sergio Moro se coloca à disposição dos eleitores do Paraná. O paranaense de Maringá, de 50 anos, aposta na reputação de juiz responsável pelos julgamentos da extinta Operação Lava Jato para tentar chegar ao Senado Federal.
Após a Lava Jato, Moro foi ministro de Justiça e Segurança Pública no começo do governo de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o ex-juiz decidiu entregar o cargo em 2020, alegando suposta interferência do presidente no comando da Polícia Federal (PF). Em março deste ano, a PF enviou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que não houve indícios de crime no episódio.
Entre os principais adversários na disputa paranaense, Moro deve enfrentar Alvaro Dias (Podemos), que luta pelo quinto mandato como senador. O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) também desponta como um concorrente em potencial na disputa.
Créditos: Revista Oeste.