Um relatório produzido pela Asepa (Assessoria de Exame de Contas Partidárias) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontou indícios de irregularidades na prestação de contas das campanhas dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad em 2018.
Os analistas e técnicos judiciários que fizeram o levantamento pedem à Corte que reprove as contas de ambos, que neste ano disputarão, respectivamente, a Presidência da República e o Governo de São Paulo.
Segundo o documento, alguns contratos firmados antes de o registro de candidatura de Lula ao Palácio do Planalto em 2018 ser rejeitado pelo TSE foram aproveitados por Haddad quando o PT decidiu lançá-lo à Presidência. A informação é do Grande Ponto.
Em determinados casos, a Asepa constatou que as despesas foram pagas integralmente pela campanha de Lula, mas parte dos serviços foi prestada a Haddad. De acordo com o órgão técnico, na prestação de contas não há informações de que Lula tenha doado recursos ao correligionário.
A Asepa ainda verificou que Lula e Haddad firmaram acordos com fornecedores comuns, com cada uma das candidaturas pagando metade dos valores totais previstos no contrato, denotando indicativo de continuidade de prestação dos serviços. Entretanto, segundo o órgão, Haddad efetuou novas contratações junto aos fornecedores, não aditando os contratos existentes em nome de Lula.