Presidente será recebido para falar sobre economia e “ouvir a visão da indústria financeira”
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participará de encontro com representantes da Febraban(Federação Brasileira de Bancos) e da CNF (Confederação Nacional das Instituições Financeiras) na segunda-feira (8).
Na reunião com os banqueiros, segundo a Febraban, Bolsonaro irá “falar da economia brasileira e ouvir a visão da indústria financeira”. O encontro será na sede da federação em São Paulo.
A reunião foi marcada depois de o chefe do Executivo desmarcar viagem para a capital paulista prevista para 11 de agosto. Ele decidiu cancelar sua participação na sabatina da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e em jantar com empresários.
No mesmo dia em que os compromissos estavam previstos, serão lidos 2 manifestos pró-democracia, o da própria Fiesp e outro organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). As cartas defendem o sistema eleitoral brasileiro, que é alvo de críticas de Bolsonaro.
A Febraban assinou o documento da Fiesp. Os 2 maiores bancos públicos do país, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, foram contra a decisão de assinar.
O presidente criticou os manifestos e seus signatários. Afirmou que os documentos têm “viés político” e seriam favoráveis ao ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Declarou que teria assinado a carta, caso o texto não fosse uma nota “eleitoreira” e “claramente contra” ele.
Em resposta às críticas de Bolsonaro, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, afirmou que “não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada, valores tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a democracia e o Estado de Direito”.
A Fiesp publicará nesta sexta-feira (5) o seu manifesto. O documento conta com a assinatura de 107 entidades, entre associações empresariais, universidades, ONGs e centrais sindicais. Já o manifesto organizado pela USP recebeu, até 14h35 desta sexta-feira (5) mais de 760 mil assinaturas de banqueiros, empresários, artistas e integrantes da magistratura e do Ministério Público.