Uma criança sofreu queimaduras nas mãos, braços e rosto após levar um choque elétrico, na manhã da última segunda-feira (8/8), em uma escola pública em Ceilândia. O menino, 6 anos, teria encostado um chaveiro de metal no quadro de energia geral da Escola Classe 35, Com a aproximação, o disjuntor explodiu e causou queimaduras no aluno.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o socorro foi acionado por volta das 10h25. A criança não perdeu a consciência, mas reclamava de dor intensa. Ele foi transportado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e, depois de estabilizado, foi encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade referência no tratamento de queimaduras.
Ao Correio, a mãe do menino, Kerica Moreira, contou que deixou o filho na escola logo cedo e por volta das 9h30 recebeu uma ligação da escola informando sobre o acidente. “Dei um beijo e disse “Jesus te abençoe e te proteja.” Esperei encontrar os amiguinhos e fui embora. Quando cheguei em casa, a professora me ligou. Fiquei desesperada, mas imaginei que poderia ser uma queda ou algo do tipo”, relatou a mulher.
Na escola, Kerica foi informada de que o filho estaria bem, mas, ao encontrá-lo, ficou em choque. “Meu filho estava todo queimado, os braços, o rosto e os cabelos. Ele gritava muito de dor. Eu deixei o meu filho lindo e perfeito na escola e por um descuido nossa vida virou de cabeça para baixo”, lamentou a mãe.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF afirmou que o quadro de energia é localizado no pátio que fica na frente da escola e que a direção da escola informou, que “no momento do acidente, as crianças estavam no intervalo e que a equipe gestora também seguiu dando suporte à família da criança.” A pasta responsabilizou a escola e disse que “as crianças são cuidadas pela direção, coordenação e monitoras durante o intervalo.”
Kerica alega que o disjuntor não estava em um local apropriado e estava exposto. “Ontem colocaram cadeado, mas não tinha. E meu filho não enfiou nada. Ele achou um chaveiro no pátio da escola, se aproximou e explodiu. A Neoenergia entrou em contato e falaram que se tivesse inserido, não estaria vivo”, argumentou.
A Neoenergia disse que as informações passadas pela Neoenergia aos familiares tratam apenas de questões relacionadas à dicas de segurança e que uma equipe técnica foi enviada ao local e constataram que o disjuntor está na rede interna, sendo de responsabilidade da escola.
À imprensa, a Secretaria de Educação disse, ainda, que a criança teve “queimaduras leves nas mãos” e que o estudante passa bem. No entanto, o menino apresenta ferimentos graves nas mãos, braços, rosto e orelhas. Ele segue internado no Hran, sem previsão de alta. “Meu filho não tinha nada, era saudável. Agora ele está irreconhecível. Ele precisou fazer raspagem nas queimaduras e está sofrendo. Quando eu o vejo, não reconheço meu filho. Hoje ele foi ao banheiro, quando se viu no espelho começou a chorar por causa da aparência.”
Fonte: Correio Braziliense