Imvanex é produzida pela empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic
O Brasil está negociando as compras da Imvanex, vacina contra a varíola dos macacos, com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, no sábado 23.
Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou o vírus “emergência de saúde global”. “Só tem a empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic como fabricante, e não tem representante no Brasil”, disse Queiroga. “A aquisição deve ser via Opas.”
De acordo com o ministro, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) ainda está avaliando a quantidade de vacinas necessárias. Além disso, a compra vai ser feita por um fundo rotatório, um mecanismo internacional de cooperação para o acesso às vacinas.
Segundo Queiroga, o fato de a OMS ter decretado emergência global ocorre em um momento em que o Brasil está adotando diversas medidas de contenção dos casos. “Todos os casos estão sendo acompanhados”, explicou.
Até a sexta-feira 22, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tem 607 casos confirmados da doença. No dia 9, o país tinha apenas 218 diagnósticos.
“Antes mesmo da ocorrência de casos suspeitos ou confirmados da varíola dos macacos no país, o ministério instalou uma ‘Sala de Situação’ para elaborar um plano de ação com o objetivo de conscientizar Estados e municípios sobre a melhor forma de atender a população”, informou em nota, o ministério, no sábado 23.
Cerca de 70% (438 confirmados) dos casos estão no Estado de São Paulo que concentra maioria dos diagnósticos. Na semana passada, a sala montada pela pasta foi descontinuada. Assim, as ações de vigilância foram realocadas em outras locais na SVS.
A Imvanex já foi aprovada para prevenção da varíola dos macacos nos EUA e Canadá. Ontem, a Agência Europeia de Medicamentos também recomendou a aprovação dos imunizantes, usados até 2013 para combater o vírus.