O empresário Paulo Guilherme Aguiar Cunha, ex-presidente do Grupo Ultra e IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), morreu na madrugada deste domingo (3) aos 82 anos, no Rio de Janeiro. Ele era considerado um dos principais líderes da indústria do país. A causa da morte não foi divulgada.
O IBP publicou uma nota de pesar pela morte de Paulo Cunha. Ele presidiu a instituição de 1984 a 1986, período que foi de “grande crescimento do setor petroquímico”, segundo o comunicado.
“Como ativo empresário e pensador do Brasil, esteve ligado a atividades institucionais que promoviam o desenvolvimento industrial”, disse o IBP. “Paulo Cunha deixa um legado de ética, visão de longo prazo, austeridade na vida pessoal e profissional, valorização das pessoas e da atividade industrial, do empreendedorismo, da educação e da inovação tecnológica”, completou.
Cunha era um líder empresarial de “grande referência”, defensor do setor e das causas públicas para o desenvolvimento do país. Comandou o grupo Ultra, que é associada patrimonial do IBP, e dona da Ultragaz e rede Ipiranga. Iniciou a carreira no Grupo em 1967.
Ocupou a presidência do Conselho de Administração da empresa até 2018. Ele foi um dos fundadores do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e presidiu a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química). “Foi um dos responsáveis pela implantação da indústria química no Brasil, com o chamado modelo tripartite, formando alianças entre o setor privado, o capital estatal e o investimento estrangeiro”, afirmou a nota.
O empresário foi, ainda, integrante do CMN (Conselho Monetário Nacional) durante o governo Fernando Collor (1990-1992).
O Grupo Ultra também comunicou a morte do empresário. Leia a íntegra:
“Com pesar, noticiamos o falecimento de Paulo Guilherme Aguiar Cunha. O executivo iniciou sua carreira no Grupo Ultra em 1967, a convite de Pery Igel, onde dirigiu a implantação da Oxiteno – empresa que presidiu até 1992. Atuou também como presidente do Ultrapar entre 1981 e 2006, foi o responsável pela reestruturação do grupo e, mais tarde, pela abertura do seu capital em 1999. Nesta ocasião, de forma pioneira, a empresa abriu o seu capital simultaneamente em São Paulo (BOVESPA) e em Nova York (NYSE).
“Durante toda sua trajetória, Paulo teve uma intensa atividade institucional, presidindo entidades como o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM). Integrante do Conselho Monetário Nacional, Paulo Cunha foi grande apoiador da indústria brasileira e um dos idealizadores do modelo tripartite que contribuiu para a rápida industrialização do país, formando alianças entre o setor privado, empresas públicas e sócios estrangeiros, sempre sob comando nacional.
“Paulo Cunha presidiu o Conselho de Administração da Ultrapar até 2018. O executivo deixa um legado de ética, visão de longo prazo, austeridade na vida pessoal e profissional, respeito às pessoas, empreendedorismo e valorização da inovação tecnológica. Uma grande perda para o Grupo Ultra e para o país.”
Créditos: Poder 360.