Presidenciável do MDB, senadora enfrenta resistências à sua pré-candidatura dentro do próprio partido
A pré-candidata a presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), reagiu nesta sexta-feira a uma ameaça de judicilização da convenção da sigla por caciques das regiões Norte e Nordeste, apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a senadora, a foto da ala pró-Lula do MDB tem cheiro de naftalina.
A declaração foi dada durante uma agenda da senadora em São Berbardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. No município, a presidenciável se encontrou com o prefeito Orlando Morando (PSDB) e foi acompanhada pelo presidente do Cidadania, Roberto Freire.
Em sua fala, Tebet se referiu a um encontro do grupo de emedebistas com o ex-presidente Lula na última segunda-feira. Em entrevista ao GLOBO, nesta quinta-feira, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que poderia entrar na Justiça para adiar a convenção do MDB, prevista para o próximo dia 27, para ganhar tempo e tentar rifar a candidatura de Tebet.
— Esses caciques são sempre os mesmos. São aqueles que tiveram no passado com o presidente Lula, foram ministros dele. Vejam a fotografia e tem cheiro de naftalina. Ela remete aos mesmos erros do passado — afirmou a pré-candidata à presidência pelo MDB.
Estiveram com Lula na última segunda lideranças do MDB dos estados do Amazonas, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo e Rio. Entre os presentes, estavam o governador de Alagoas, Paulo Dantas e o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA). Também no encontro, o ex-senador Eunício Oliveira (CE) afirmou que estava representando o ex-senador Garibaldi Alves Filho, do Rio Grande do Norte. Já o senador Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado e pré-candidato ao governo do Amazonas, disse que o governador do Pará, Hélder Barbalho, e o senador Jader Barbalho estiveram com Lula na semana passada e declararam apoio ao petista.