De acordo com organização de manifesto, mais de 2.000 tentativas de ciberataque já foram registradas
O manifesto em defesa da democracia, que surgiu da iniciativa de alunos, professores e diretoria da Faculdade de Direito da USP (FDUSP), já reuniu mais de 300 mil assinaturas até a tarde desta quinta-feira (28).
A organização da carta afirmou à CNN que, desde que as assinaturas foram abertas ao público geral na última terça (26), já foram registradas mais de 2.000 tentativas de ataques hackers contra o site que recolhe os nomes de signatários.
Não foram passados detalhes dos ataques cibernéticos porque os organizadores não querem dar brechas para revelar como está preparada a defesa do site para esse tipo de situação.
Outra preocupação dos organizadores do manifesto, conforme relatado à CNN, é a inclusão mal intencionada de assinaturas falsas entre os signatários do manifesto. Segundo a organização, há um sistema que está checando a autenticidade dos nomes: “Dá trabalho, mas está indo bem.”
Não foram passados detalhes dos ataques cibernéticos porque os organizadores não querem dar brechas para revelar como está preparada a defesa do site para esse tipo de situação.
Outra preocupação dos organizadores do manifesto, conforme relatado à CNN, é a inclusão mal intencionada de assinaturas falsas entre os signatários do manifesto. Segundo a organização, há um sistema que está checando a autenticidade dos nomes: “Dá trabalho, mas está indo bem.”
A “Carta aos Brasileiros” será lida em um ato na FDUSP, no largo São Francisco, em São Paulo, no dia 11 de agosto.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) confirmou à CNN, nesta quinta-feira (28), que prepara um manifesto paralelo junto a outras organizações da sociedade civil – que reunirá assinatura de entidades, ao invés de pessoas físicas.
A leitura da “Carta aos Brasileiros” ficará a cargo do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
Entre os signatários estão personalidades de renome, ex-ministros do STF e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo.
Por exemplo, na divulgação inicial, já constavam as assinaturas dos artistas Arnaldo Antunes e Chico Buarque e ex-ministros do STF como Carlos Ayres Britto, Sepúlveda Pertence, Sydney Sanches, Celso de Mello, Carlos Velloso, Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, além dos banqueiros Roberto Setúbal e Cândido Bracher, ex-presidentes do Itaú Unibanco.
Na atualização desta quarta (27), os ministros do STF Rogerio Schietti e Sebastião Alves dos Reis Júnior, a advogada Luciana Temer, filha do ex-presidente Michel Temer, do médico Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio Libanês, e os atores Edson Celulari e Helio de La Peña, entraram para a lista.
Em entrevista à CNN nesta quarta, o diretor da FDUSP, Celso Fernandes Campilongo, afirmou que o manifesto é uma reação aos ataques a tribunais, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Segundo explicou, essa situação “tem claramente um intuito de gerar desconfiança em relação às instituições”.
“Uma das bases da democracia é justamente a confiança nas instituições”, observou Campilongo.
O diretor também pontuou que os ataques são feitos “sem provas, sem documentação e sem comprovação”, o que faz com que a democracia “se sinta sitiada”.
Sobre o apoio de banqueiros à carta, Campilongo destacou que os impactos na economia podem ocorrer pela instabilidade que as acusações, ameaça de ruptura e desconfiança nas instituições geram. Essa situação poderia, de acordo com o diretor, afastar investidores estrangeiros do Brasil.
“Do ponto de vista jurídico, um dado elementar pro desenvolvimento econômico é a segurança jurídica”, complementou.