O secretário de Segurança do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, pediu imediatamente a exoneração de Dimitri Sinedino, ex-ouvidor geral da Defesa Social, condenado a quase 7 anos de cadeia por corrupção quando foi gerente-geral do Banco do Brasil em Canguaretama, no RN.
O ex-gerente geral do Banco do Brasil de Canguaretama Dimitri Sinedino foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão por fraude em financiamentos do Programa Nacional da Agricultura Familiar . Além disso, ele pagará R$ 96.136, em dias-multa. A denúncia julgada procedente aponta que o réu foi responsável por abrir contas em nome de terceiros, a partir da quais efetuou várias operações de crédito do PRONAF, tendo, posteriormente, movimentado os valores dessas contas sem autorização dos titulares.
A sentença foi proferida pelo Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. Ele observou que a própria auditoria interna instaurada pelo Banco do Brasil apontou que o ex-gerente esteve envolvido em todas a fases de operacionalização dos financiamentos, obtendo vantagens financeiras ilícitas oriundos do programa federal. Além disso, foi observado o cadastramento de 49 mutuários para o PRONAF, a partir de um único aparelho celular.
“Restou evidente que o denunciado Dimitri Sinedino, na qualidade de ex-gerente do Banco do Brasil, tanto executou meios para se beneficiar de forma mediata dos recursos do PRONAF, como ainda se utilizou de outrem, como instrumento, para conseguir praticar a conduta ilícita”, escreveu o Juiz Federal Walter Nunes. Ele destacou ainda na sentença que nas mensagens obtidas a partir da quebra de sigilo, “resta claro que o ex-gerente do Banco do Brasil, o acusado Dimitri Sinedino, tanto assumiu os atos delituosos, como também ensinou aos funcionários a maneira de como daria para perpetuar a ação fraudulenta”.
O magistrado absolveu duas pessoas que foram denunciadas pelo Ministério Público Federal.