Na segunda-feira (4), deputados do PT (Partidos dos Trabalhadores) acionaram o Ministério Público do Distrito Federal para investigar o ex-ministro da Defesa general Walter Souza Braga Netto (PL), pré-candidato a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta “ameaça às eleições”.
De acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro disseram que Walter Souza Braga Netto afirmou que se uma auditoria dos votos não for feita, “não tem eleição”.
Em nota, o ex-ministro de Bolsonaro negou que tenha afirmado que sem auditoria não haverá eleições, e alegou que houve uma “má interpreção ou entendimento fora do contexto do interlocutor”.
“Diversas instituições, entre elas o MJSP [Ministério da Justiça e da Segurança Pública] e o MD [Ministério da Defesa], sob a coordenação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] têm adotado as medidas propostas para aperfeiçoar a transparência e a segurança do processo eleitoral”, escreveu a assessoria de Braga Netto.
Para os parlamentares petistas, a fala de Braga Netto é “uma ameaça grave à independência do Poder Judiciário e de seus integrantes, especialmente da Corte Eleitoral, bem como um ataque às instituições republicanas e à ordem democrática nacional” e “representa uma postura ultrajante, desrespeitosa, ofensiva e criminosa”.