O transporte de cargas no Brasil deve registrar um novo recorde em 2022 e ser o maior da história, superando os números do ano passado.
Em 2021, foram movimentadas 1,9 trilhão de TKUs — unidade que combina toneladas com quilômetros percorridos — o que representa um aumento de quase 10% em relação ao ano anterior. Esse transporte gerou um custo de mais de R$ 1 trilhão, 16% superior ao verificado em 2020. O transporte rodoviário (60%), ferroviário (20%) e aquaviário (14%) foram os maiores responsáveis pelo movimento de mercadorias. Informa a matéria da Revista Oeste.
Os dados são de um estudo inédito do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) divulgado pelo jornal Valor Econômico. O levantamento leva em consideração o movimento de mercadorias com origem e destino no país, somando todos os modais.
Em 2022, o transporte deve crescer até 4%
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística também registrou em 2021 um crescimento do setor de transportes de 11,4%, ou seja, acima da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que foi de 4,6%.
Para 2022, a estimativa do mercado, segundo o último balanço do Banco Central, é de uma expansão do PIB brasileiro de 1,9%. De acordo com o Ilos, se essa previsão se confirmar, a demanda por serviços logísticos crescerá entre 3% e 4%.
Essa expansão está ancorada em três fatores principais: 1) o bom desempenho do agronegócio, 2) o avanço das fronteiras agrícolas e 3) o crescimento do e-commerce.
O universo das operadoras logísticas, empresas que realizam transporte em um ou mais modais, armazenagem e gestão de estoques, soma aproximadamente mil companhias no Brasil, que juntas faturaram R$ 166 bilhões em 2021, segundo a Associação Brasileira de Operadores Logísticos.