O CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, entrou na sexta-feira (15) com recurso na Justiça dos EUA para que o processo com o Twitter seja realizado depois de 13 de fevereiro de 2023.
A plataforma processou o bilionário na terça-feira (12) para forçá-lo a concluir a aquisição da empresa. A rede social pediu que o julgamento fosse iniciado em setembro para proteger seus acionistas e evitar que a empresa seja mantida no limbo por um comprador.
Musk desistiu, em 8 de julho, da compra da rede social. Ele havia feito oferta de US$ 44 bilhões pela empresa. Segundo ele, o Twitter “violou várias disposições do contrato” e não forneceu detalhes sobre contas falsas e spam.
O jornal The Wall Street Journal teve acesso ao recurso impetrado pela defesa do bilionário. Segundo a publicação, os advogados de Musk argumentaram que o caso é mais complicado e técnico do que o Twitter faz parecer.
A defesa declarou ser “desnecessário resolver essas importantes considerações em um cronograma apressado”. Procurado pelo jornal, o Twitter não se pronunciou sobre o argumento da defesa de Musk.
“A disputa principal sobre contas falsas e spam é fundamental para o valor do Twitter”, falaram os advogados, acrescentando ser preciso um “tempo substancial” para investigar a questão.
O CASO
Em 4 de abril, Elon Musk adquiriu 9,2% do Twitter, passando a ser um dos maiores acionistas da rede social, com 73.486.938 ações. Depois, em 25 de abril, a compra da plataforma de tecnologia por US$ 44 bilhões foi aprovada.
Em 13 de maio, o bilionário anunciou a suspensão temporária do acordo com o Twitter enquanto aguardava uma estimativa sobre spams e contas falsas na rede.
Ao desistir do acordo, no começo de julho, o empresário disse que o Twitter “violou várias disposições do contrato” e não forneceu detalhes sobre contas falsas e spam. Segundo o empresário, as informações são essenciais para o “desempenho comercial e financeiro” do Twitter.
“O Twitter falhou ou se recusou a fornecer informações. Ignorou os pedidos do Sr. Musk, os rejeitou por razões que, muitas vezes, eram injustificáveis e alegou que teria fornecido as informações quando enviava dados incompletos ou inutilizáveis”, lê-se no texto em que o bilionário comunica a desistência.
Na segunda-feira (11), o Twitter afirmou que a decisão de Musk é “inválida e injusta”.
“Ao contrário das afirmações em sua carta, o Twitter não violou nenhuma de suas obrigações nos termos do contrato e o Twitter não sofreu e provavelmente não sofrerá um Efeito Adverso Relevante da Empresa”, escreveu o escritório de advocacia que representa a big tech.
“O contrato não está rescindido, a Carta de Compromisso de Dívida Bancária e a Carta de Compromisso de Ações permanecem em vigor e o Twitter exige que o Sr. Musk e as outras partes cumpram suas obrigações nos termos do contrato.”
Créditos: Poder 360.