Enquanto alguns influenciadores lucram ao publicarem um vídeo dançando no TikTok, outros acabam sendo prejudicados pelo mesmo motivo. Foi o caso de uma jovem que trabalhou como vendedora em uma joalheria. Depois de deixar o emprego, ela decidiu abrir uma ação contra a empresa. No entanto, por conta de um vídeo dançando, ela saiu de vitoriosa para condenada.
Esmeralda Mello decidiu por sua antiga empresa na justiça com o objetivo de reconhecer o vínculo empregatício de um período diferente do que constava na carteira de trabalho. Além disso, ela pediu danos morais, tanto pela omissão do registro, quanto por ter sido tratada de forma humilhante no ambiente de trabalho.
A justiça concordou com os pontos exigidos pela jovem, que saiu vitoriosa da audiência. Logo após a conquista, ela decidiu publicar um vídeo dançando em seu perfil no TikTok, onde “debochava” da empresa. Nele, Esmeralda apareceu com as amigas, que foram testemunhas no caso. Por isso, ela precisou voltar ao tribunal.
O vídeo, que foi legendado com “Eu e minhas amigas indo processar a empresa tóxica”, já tem mais de 30 mil visualizações no TikTok. Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região, em São Paulo, explicou que a mudança ocorreu ao descobrirem a relação entre Esmeralda e suas testemunhas.
“Por isso, os depoimentos foram anulados. Em sentença, concluiu-se também que a profissional e as testemunhas utilizaram de forma indevida o processo e a Justiça do Trabalho, tratando a instituição como pano de fundo para postagens inadequadas e publicação de dancinha em rede social”
Após vídeo dançando, jovens terão que pagar multa
Para o TRT, o vídeo foi considerado uma atitude desrespeitosa. Por isso, logo depois da decisão em juízo, as três mulheres que aparecem na publicação foram condenadas por litigância de má-fé, que julga condutas abusivas ou corruptas por uma das partes envolvidas em um processo.
Agora, o trio terá que pagar uma multa, que será calculada a partir de 2% do valor que a empresa pagaria para Esmeralda. “Trata-se de uma atitude jocosa e desnecessária contra a empresa e, ainda, contra a própria Justiça do Trabalho. Demonstra, ainda, que estavam em sintonia sobre o que queriam obter, em clara demonstração de aliança“, disse Silvia Almeida Prado Andreoni, relatora do caso.
Veja o vídeo publicado pela jovem:
Créditos: Portal PopLine.