No Sri Lanka, milhares de cidadãos invadiram a residência presidencial, fizeram exercícios físicos na academia, tomaram banho, mergulharam na piscina e tocaram piano. Essas cenas foram registradas no sábado 9, data em que o primeiro-ministro do país, Ranil Wickremesinghe, renunciou ao cargo. A decisão foi tomada depois de as lideranças de seu partido exigirem que ele e o presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, deixassem o governo.
Segundo o porta-voz do premiê, Wickremesinghe disse aos líderes do partido que renunciará assim que todas as legendas concordarem em formar um novo governo. Ele havia assumido o cargo em maio.
Rajapaksa, cuja família dominou a política do Sri Lanka na maior parte dos últimos 20 anos, não emitiu nenhum comunicado oficial. Ele enfrenta o maior protesto ocorrido na história do país, com a entrada de dezenas de milhares de pessoas em sua residência e no escritório oficiais. Os cidadãos o culpam pela crise econômica que assola a região.
“Para garantir uma transição pacífica, o presidente disse que deixará o cargo em 13 de julho”, informou o presidente do Parlamento, Mahinda Abeywardena.
Neste domingo, 10, os Estados Unidos pediram que os futuros líderes do país “trabalhem rapidamente” em soluções contra a derrocada econômica do país.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que quase 30% dos 21 milhões de habitantes do país correm o risco de não ter acesso a alimentos. A economia do Sri Lanka está em frangalhos, e o governo suspendeu o pagamento de empréstimos estrangeiros. A dívida externa total ultrapassa os R$ 50 bilhões.
Créditos: Revista Oeste.